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Portal Edicase
Publicado em 12 de abril de 2024 às 19:25
No mundo acelerado e dinâmico dos negócios de hoje, a inteligência emocional emerge como uma habilidade essencial para o sucesso profissional e pessoal. A capacidade de compreender, gerenciar e utilizar eficazmente as emoções, tanto as próprias quanto as dos outros, desempenha um papel fundamental no ambiente de trabalho.
Não à toa, um estudo conduzido por pesquisadores de Harvard investigou o Quociente de Inteligência (QI) e o Quociente Emocional (QE) de 200 participantes, que foram agrupados e desafiados a resolverem problemas. Os resultados revelaram que a inteligência emocional demonstrou ser mais influente do que a capacidade intelectual para determinar o sucesso das equipes.
Ainda, segundo o relatório Future of Jobs de 2023, realizado pelo Fórum Econômico Mundial, qualidades associadas à inteligência emocional (como curiosidade, aprendizagem ao longo da vida, motivação, resiliência e autoconsciência) são altamente valorizadas pelas empresas e continuarão em destaque nos próximos anos.
Segundo a especialista em desenvolvimento humano e pessoal Gisele Hedler, a inteligência emocional tem um papel muito importante em todas as áreas da vida (relacionamentos, carreira, saúde física e mental, educação etc.). “Essa habilidade facilita viver uma vida mais feliz, pois permite que entendamos se nossos comportamentos estão condizentes com nossas emoções e vice-versa, assim nos permitindo regulá-las de maneira saudável”, diz.
A especialista esclarece que a inteligência emocional é dividida em algumas áreas de foco fundamentais e explica cada uma para quem deseja evoluir pessoal e profissionalmente. Confira!
Autorregulação se refere à habilidade de gerenciar emoções negativas ou disruptivas e se adaptar às mudanças. Pessoas com altos níveis de autorregulação são boas em lidar com conflitos, se adaptam bem às mudanças e tomam a responsabilidade para si em vez de culpar outras pessoas.
“Com um controle maior sobre suas emoções , você experimentará uma melhora significativa em seu bem-estar. Para desenvolver a autoconsciência, é importante adotar técnicas de gerenciamento de estresse, como registrar seus sentimentos e reações ao trabalho no final do dia ou da semana e praticar exercícios de atenção plena”, esclarece Gisele Hedler.
A habilidade de se motivar sozinho em vez de depender de estímulos externos – como elogios e expectativas de terceiros – fará com que a caminhada seja menos árdua. “Pessoas com alta motivação tendem a ser mais comprometidas com seus objetivos e tendem a serem motivadas por estes”, explica. Além disso, tal motivação precisa levar à disposição de abrir novas portas e explorar novos caminhos, assumindo riscos e possibilidades de fracassar.
A empatia se refere à habilidade de reconhecer e entender o que os outros estão sentindo e ter isso em consideração na hora de agir em situações sociais. Empatia também permite entender a dinâmica de cada relacionamento, tanto os pessoais quanto os profissionais.
“Esta tornou-se uma qualidade essencial para os líderes em 2024, especialmente em um contexto em que as crises e o bem-estar, o aumento do custo de vida e a inflação estão afetando diretamente a vida da população”, pontua.
Como a inteligência emocional envolve gerenciar também as emoções de terceiros, é preciso priorizar as habilidades de construção de relacionamentos, aprimorando sua comunicação no ambiente de trabalho e aperfeiçoando a resolução de conflitos. Essas competências serão cruciais para se destacar em sua posição atual e para progredir em direção à liderança, gerenciando equipes e colaborando com partes interessadas.
Por fim, a especialista diz que as pessoas com alta inteligência emocional conseguem alcançar maior sucesso na vida se comparadas às de baixa inteligência emocional; afirma, ainda, que esta habilidade pode ser treinada e desenvolvida.
“É possível fazer isso ao praticar ser mais presente no momento, prestando atenção a como os outros se sentem, se esforçando para ouvir e entender o que os outros dizem, ter a mente aberta, se comunicar de maneira clara e direta, praticando separar o que é emoção do que é fato”, finaliza.
Por Yasmin Santos