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'A escola pode existir sem o reforço escolar, mas teria que mudar', diz pesquisadora

Professora explica que relação entre escola e instituição de reforço deve ser de parceria

  • Foto do(a) author(a) Thais Borges
  • Thais Borges

Publicado em 20 de janeiro de 2024 às 16:00

Reforço escolar
Reforço escolar Crédito: Shutterstock

Apesar de muitos professores e empresas de reforço escolar terem uma visão mais crítica sobre as aulas da escola tradicional, não há rivalidade entre os dois segmentos. Isso porque o reforço depende da escola para existir, como enfatiza a pesquisadora Andreia Gouveia, doutora em Educação e professora da Universidade Portucalense.

"Os centros de reforço não podem existir sem a escola. Por outro lado, a escola poderia existir sem os centros de reforço escolar, mas teria que provavelmente alterar sua metodologia de ensino e aprendizagem", afirma.

Ou seja: para que não fosse necessário existir o reforço escolar, escolas teriam que alterar desde programas curriculares até o tamanho das turmas - o que pode afetar diretamente os custos. No modelo atual, mensalidades de algumas das mais tradicionais escolas particulares em Salvador podem chegar até cerca de R$ 8 mil. "É uma transformação muito complexa", admite Andreia.

Segundo ela, os professores da escola não veem as aulas de reforço como algo negativo ou concorrente. A relação entre as duas instituições costuma ser de parceria.

"Os alunos precisam desse reforço para se preparar para as provas e os professores acabam por ver com bons olhos, porque isso também ajuda aquelas turmas a terem resultados positivos e bons alunos a ficar bem colocados nas melhores universidades e nos melhores cursos".

Ela cita o caso de países como Dinamarca, Suécia e Finlândia, que têm uma procura quase ínfima por aulas particulares em comparação a outros países.

"Isso acontece porque, em primeiro lugar, o que movimenta o reforço escolar são os exames. Como esses países não têm esse modelo de avaliação de prova única e prova final para todos os alunos, isso faz diminuir abruptamente o número de alunos que vai precisar do reforço escolar", analisa.

Nesses países, há um investimento alto no modelo de ensino e aprendizagem mais orientado para a individualidade dos alunos. Não é tanto pela metodologia de projetos e programas curriculares focados em exames nacionais para ingresso no ensino superior.

"Esse é o divisor de águas . Sempre que existem exames nacionais e períodos que antecedem exames nacionais dispara a procura pelo reforço escolar", completa.