Car-T Cell: Bahia terá de graça tratamento contra o câncer que custa R$2 milhões? Entenda

Novo tratamento tem duração rápida e promete eliminar três tipos de câncer

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Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 19:54

null Crédito: TV Globo/Reprodução

O novo tratamento com terapia celular chamado de Car-T Cell, de duração rápida e que promete eliminar três tipos de câncer, pode ficar disponível na rede pública da Bahia. Atualmente existem duas maneiras de se fazer esse tratamento: enviando as células para laboratórios, nos Estados Unidos e na Europa, que custa, pelo menos, R$ 2 milhões, segundo o Fantástico, ou participando dos estudos clínicos, como do Hospital Albert Einstein ou do Hemocentro de Ribeirão Preto.

Nesta semana foram iniciadas as tratativas para que a Bahia possa participar de transferência de tecnologia e da aplicação do tratamento, em parceria com a Universidade e o Hospital das Clínicas de Barcelona, na Espanha.

O método é direcionado especificamente aos chamados cânceres hematológicos. Leucemia, linfomas e mielomas são os tipos de maior recorrência. O tratamento utiliza células de defesa do próprio paciente, os linfócitos T, que modificadas geneticamente para combater a doença. Após serem modificadas, essas células são chamadas Car-T, por isso o nome dado ao tratamento.

“A partir de março, em parceria com as universidades estaduais e federais, já haveremos de fazer um termo de cooperação técnica para que isso possa acontecer na Bahia”, afirmou o governador Jerônimo Rodrigues.

Professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e coordenador de pesquisas com terapia celular no Brasil, Marco Aurélio Salvino acompanha os estudos e a aplicação da Car-T Cell na Espanha.

“Aqui, em Barcelona, é o modelo, talvez, mais importante do mundo, um modelo de terapia celular pública que deu certo. Hoje, na Espanha, praticamente quem tem necessidade de tratar com terapia celular tem acesso. É a maior revolução contra o câncer hematológico. Mas, infelizmente, é de muita complexidade, muita tecnologia e um alto custo”, avaliou Marco Aurélio.