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Como o calor influencia morte de aves em granjas da Bahia

Especialista explica impacto de altas temperaturas na produção dos animais

  • M
  • Millena Marques

Publicado em 28 de novembro de 2023 às 11:30

As altas temperaturas registradas na Bahia nos últimos dias são uma preocupação para os avicultores do estado. Isso porque os animais possuem dificuldade de fazer o controle de temperatura corporal, visto que o mecanismo responsável por essa termorregulação é a própria pena, e podem acabar morrendo caso alguma alteração nos granjeiros seja registrada, como a queda de energia elétrica.

Foi o que aconteceu com a produtora e presidente da Associação Baiana de Avicultores (ABA), Kesley Jordana, que perdeu mais de 20 mil aves nos últimos dias. Uma queda de energia elétrica fez com que o funcionamento de ventiladores fosse interrompido. O sistema de monitoramento de temperatura e umidade ambiental, no qual se encaixa o uso de equipamentos de ventilação, é essencial para a sobrevivência das aves. Sem ele, as chances de prejuízos em dias mais quentes são altas.

De acordo com o médico veterinário Rodrigo Arapicara, especializado em Animais Silvestres e Exóticos, as aves possuem maior facilidade de controle de temperatura corporal em dias mais frios.

"Quando faz muito calor, os animais colocam as penas junto ao corpo e isso faz com que eles consigam trocar calor com o ambiente com mais facilidade ou tentam ir para um lugar mais fresco. O frio já é mais fácil, porque eles ouriçam as penas e fazem uma proteção como se fosse um isolamento térmico daquele ar entre as penas, para conseguir manter o corpo aquecido", explica.

Arapicara pontua que existem aves mais resistentes e outras mais sensíveis ao calor. Avestruzes e emas, por exemplo, são tipos de ave que possuem maior resistência ao calor por causa de fatores como adaptação de pele, escamas, pernas e outras particularidades fisiológicas adquiridas por séculos de seleção natural em ambientes áridos. Em geral, as aves possuem temperatura corporal maior do que os mamíferos.

"Nós temos uma temperatura de 37°C, as aves, possuem uma temperatura ente 40 e 42°C. Isso influencia. Qualquer temperatura que exceda esse número facilmente vai gerar problemas enzimáticos e estresse calórico acentuado entre aves", pontua.

Tanto para produtores quanto para criadores, o ideal é ter um sistema de monitoramento da temperatura e umidade ambiental para essas aves. A umidade vai ajudar tanto na troca de calor com o ambiente, como na sensação de efeito estufa.

"Se o lugar está muito quente e úmido, a ave tem dificuldade de trocar calor. Essa umidade precisa estar em circulação. Se o lugar estiver muito seco e quente, na ausência da umidade circulante, a ave também dificuldade de fazer essa troca", explica Arapiraca.

Quanto à temperatura em sistemas fechados, o veterinário explica que abrigos de poedeiras, galinha criada para produção de ovos, devem possuir uma temperatura entre 18°C a 24°C. Já o frango de corte, criado para o abate, deve ser abrigado em um local com temperatura entre 18°C e 28°C. Essas temperaturas podem variar conforme a linhagem genética, umidade e altitude.

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo

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