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Coruja-de-óculos é solta em reserva na Bahia

Outros 32 animais silvestres também foram reintegrados à natureza, incluindo jiboias

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 1 de março de 2024 às 17:29

Coruja-murucututu
Coruja-murucututu Crédito: Divulgação

Uma coruja do tipo murucututu, lendária e que mexe com a imaginação dos humanos, foi reintegrada ao meio ambiente nesta sexta (1º), na Bahia, entre outros 32 animais silvestres. A ação é do Projeto Cachoeira, reserva ambiental pertencente à Bracell no município de Entre Rios.

Com seus olhos amarelos, canto poderoso e facilidade de se camuflar nas árvores, além dos hábitos noturnos comum à sua espécie, essa coruja foi retratada pelo escritor e folclorista Luís da Câmara Cascudo como aquela que, segundo a lenda indígena, é invocada para dar seu sono às crianças que demoram a dormir. Também conhecida como coruja-de-óculos, a espécie mede entre 37 e 55 centímetros e pode ser vista da Bahia até o Rio Grande do Sul e ainda em regiões do Paraguai e Argentina.

"Além da beleza estética, a murucututu, como outras aves de rapina, atua no controle de roedores que podem causar doenças, anfíbios e serpentes, sendo considerada um importante bioindicador de qualidade ambiental. Por isso, sua presença no ambiente é tão importante para a dinâmica do ecossistema e para a sociedade", diz o biólogo Igor Macedo, especialista em Meio Ambiente da Bracell. 

Os demais animais reinseridos na natureza foram 10 jiboias (Boa constrictor), uma cobra-cega (Amphisbena vemicularis), uma cascavel (Crotalus durissus), uma jararaca (Bothrops sp.), seis sariguês-orelhas-pretas (Didelphis aurita), dois cágados-pescoço-de-cobra (Mesoclemmys tuberculata), um cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus), duas corujinhas-do-mato (Megascops choliba), dois gaviões-carcará (Caracara plancus); dois gaviões-carrapateiros (Milvago chimachima), um gavião-pernilongo (Geranospiza caerulescens), um iguana-verde (Iguana iguana) e um socozinho (Butorides striata).

A soltura foi realizada por uma equipe do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Salvador, órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente da Bahia (Sema) com apoio de técnicos da Bracell.

O Projeto Cachoeira foi escolhido para a soltura por ter condições naturais adequadas para acolher as espécies. A propriedade, parcialmente utilizada pela Bracell para o cultivo de eucalipto, tem uma importante área de reserva ambiental banhada pelo rio Sauípe e foi certificada pela Secretaria de Meio Ambiente como Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas). Além dessa unidade, a Bracell possui mais duas Asas: o Projeto Sergipe, em Jandaíra, e a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Lontra, em Entre Rios e Itanagra.