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Em meio a greve, servidores denunciam falta de água em agências do INSS em Salvador

Gerência nega desabastecimento; previdenciários estão com suas atividades paralisadas desde 16 de julho

  • M
  • Marina Branco

Publicado em 23 de agosto de 2024 às 13:47

Protesto da greve dos previdenciários
Protesto da greve dos previdenciários Crédito: Sindprev

Servidores do INSS em Salvador denunciam que agências do órgão estão sem água para os funcionários nessa semana, em meio a uma greve que já ultrapassa um mês. O Sindicato dos Servidores Federais da Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Sindprev) diz que a situação mostra a falta de suporte aos servidores. 

Os galões de água estariam ficando concentrados na agência de Brotas, mas por falta de veículos para entrega não estariam chegando aos demais pontos. O episódio se tornou mais uma das alegações dos mais de 500 trabalhadores que estão em greve por conta do que consideram precariedades nas condições de trabalho.

A gerência-executiva do INSS em Salvador negou que a greve tenha impactado os atendimentos na cidade, afirmando que as unidades estão sendo abastecidas normalmente com água mineral. “Não há registros de interrupção de funcionamento em decorrência de qualquer questão logística”, afirma.

Até agora, não existem sinais de acordos que indiquem o final da greve. As negociações são feitas em Brasília entre o comando nacional de greve e o ministério da gestão.

A paralisação também acontece pedindo por reajuste salarial, a implementação de carreira profissional típica de estado, e um sistema de gratificação por produtividade.

Segundo os funcionários, muitas das insatisfações seriam resultado da subordinação da Bahia em relação à Superintendência Regional de Recife (PE), o que desencadearia falhas não só na distribuição de água, mas também no sistema de manutenção de aparelhos como ar-condicionado.

A solução proposta ao INSS é a criação de uma superintendência responsável pelas unidades nos estados da Bahia e de Sergipe, eliminando a relação de dependência com Recife. De acordo com os servidores, a partir de avaliações feitas em uma audiência pública da Câmara dos Deputados, a resolução seria financeiramente viável, uma vez que a mudança de logística economizaria no mínimo R$ 1,5 milhão por ano, suficiente para instalar a nova superintendência.

Além disso, é pedida também uma mudança nas negociações entre as unidades e o Governo Federal, fazendo com que elas sejam feitas não apenas por intermédio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

* Sob orientação da subeditora Amanda Palma