ECONOMIA

Material escolar vendido online é 22% mais barato do que em lojas físicas

Itens escolares essenciais em lojas virtuais são comercializados a partir de R$71,37

Larissa Almeida

Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 09:30

Uma lista de materiais essenciais para o início do ano letivo sai pelo preço mínimo de R$92,32 nas lojas físicas de Salvador, segundo levantamento feito pelo CORREIO através do aplicativo Preço da Hora, que reúne dados das notas fiscais eletrônicas. Pela internet, contudo, o valor dos mesmos materiais pesquisados pode sair 22% mais barato, custando a partir de R$71,37.

A reportagem pesquisou o preço de 11 itens indispensáveis para a volta às aulas nas lojas virtuais Amazon, Shopee e Mercado Livre, sem o cálculo do frete. São eles: mochila, caderno de 16 matérias, lápis preto comum, régua 30cm, borracha branca, caneta preta, corretivo, pasta escolar, estojo, apontador/lapiseira e cola branca 500g.

A variação do valor mínimo entre as lojas online é de R$42,50. Na Shopee, os itens citados acima custam R$71,37, sendo que alguns artigos de papelaria podem ser adquiridos por menos de R$2, como é o caso do lápis preto comum, borracha branca, régua 30cm, caneta preta, apontador/lapiseira e pasta escolar. O material mais caro da lista é o caderno de 16 matérias – o artigo registrou aumento de 12,8% na inflação acumulada anual, segundo o IPCA –, encontrado pelo preço de R$23,99.

Na Amazon, a relação de materiais para a volta às aulas é avaliada em R$113,87 – o maior custo dentre as lojas virtuais pesquisadas. O caderno é o produto mais caro, custando R$32,80. Ainda assim, é lá que o corretivo mais barato pode ser comprado, por R$2,85.

Já no Mercado Livre, os itens pesquisados custam R$99,15. A mochila é o produto mais custoso dentre todos os avaliados, saindo por R$78,21. No entanto, uma vantagem é que a maioria dos produtos que constam na plataforma saem com fretes grátis ou com ofertas especiais de entrega.

Foi no Mercado Livre que a estudante de Psicologia, Nilda Medeiros, 28 anos, comprou uma remessa de papel por um valor mais em conta para a filha de 9 anos. Ela conta que, neste ano, resolveu fazer as compras dos materiais escolares da menina totalmente pela internet com o intuito de economizar e evitar longas filas nas lojas físicas.

“Antes de tomar essa decisão, eu fiz uma pesquisa para garantir que, além da vantagem e da praticidade, eu estaria economizando. Uma das estratégias que adotei foi usar a própria internet para buscar preços em diversos sites e fazer a comparação de custos em lojas físicas e online. Eu identifiquei uma grande diferença. Em um tubo de cola escolar, paguei R$2,60 a menos em relação à papelaria mais próxima de casa. Em todos os itens, tive uma economia em torno de R$30”, relata.

A médica Larissa de Jesus, 34 anos, escolheu a Amazon para comprar os livros didáticos do filho de 6 anos motivada exclusivamente pela economia. “Eu vi que era melhor e saía mais em conta. Eu pesquisei nas lojas e vi que se eu comprasse nas editoras ou na Amazon, seria mais barato. Alguns dos materiais do dia a dia eu consegui recuperar do ano passado, então compensou”, ressalta.