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Da Redação
Publicado em 8 de março de 2024 às 20:35
O Ministério Público da Bahia (MP) acionou o Centro Universitário Ruy Barbosa (Uniruy) na Justiça por prestação de serviço de educação deficitário e inadequado. A ação, avaliada nesta quinta-feira (7), pede que a Justiça obrigue a Uniruy a prestar aos consumidores informações claras, corretas e precisas sobre os produtos e serviços ofertados e disponibilizados pela instituição. >
O MP pede ainda que a Justiça proíba a instituição de ensino de reduzir qualidade dos serviços educacionais e responda por qualquer diminuição na qualidade do ensino contratado pelo consumidor ou aumento de preços de forma unilateral e abusiva. >
A ação foi iniciada após reclamações feitas por estudantes do curso de psicologia da Uniruy, denunciando irregularidades, que posteriormente foram confirmadas por meio de inquérito civil conduzido pelo MP. >
Foi constatado que a instituição de ensino superior, “não apenas no curso de psicologia”, fixava valores diferentes para os mesmos produtos e serviços; praticava aumentos elevados, injustificados e unilaterais das mensalidades; não informava corretamente os preços de créditos curriculares, nem a existência de equivalência de disciplinas de grades distintas. >
O inquérito detectou também a oferta irregular de disciplinas e desorganização no quadro de horários e matérias; além de descumprimento contratual, caracterizando “afronta aos princípios da boa-fé objetiva e transparência”, segundo a promotora de Justiça Joseane Suzart. >
A Uniruy declara que irá “esclarecer todos os apontamentos do Ministério Público no processo judicial”. Em nota, a instituição afirma que mantém a qualidade de ensino e que todas as atividades acadêmicas são cumpridas com rigor. >
“A instituição está à disposição da comunidade acadêmica, em contato constante com os alunos para atender suas demandas e segue com seus canais de comunicação abertos para o esclarecimento de quaisquer dúvidas”, reforça. >
O MP pede também que a Justiça determine que a Uniruy preste adequadamente todas as informações de preços, currículos, produtos e serviços, divulgando em local de fácil acesso ao público seus serviços educacionais, além dos valores das disciplinas, tabela de equivalência entre disciplinas cursadas, grades curriculares e outras informações que dizem respeito ao consumidor. >
Todo o material deve ser disponibilizado no Portal do Aluno e nos demais meios oficiais da instituição. “O serviço deve ser prestado de forma satisfatória, também por telefone ou correspondência eletrônica, de modo a atender as demandas dos alunos”, pontuou Joseane Suzart. >
O MP solicita que Justiça determine que os valores totais fixados para os serviços educacionais anual ou semestral, terá vigência por um ano. “Essa determinação é legal e não pode ser descumprida nem mesmo por força de contrato, devendo qualquer cláusula nesse sentido ser considerada nula”, ressaltou a promotora de Justiça. >