Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Polícia Civil trabalha com efetivo 35% abaixo do necessário, diz parecer do TCE

Bahia apresenta a menor taxa de elucidação de homicídios do país; Polícia Civil é responsável pelas investigações dos crimes

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Foto do(a) author(a) Rodrigo Daniel Silva
  • Maysa Polcri

  • Rodrigo Daniel Silva

Publicado em 7 de agosto de 2025 às 05:30

Especialista diz que é necessário ampliar o corpo técnico responsável pelas investigações.
Especialista diz que é necessário ampliar o corpo técnico responsável pelas investigações. Crédito: Divulgação/SSP-BA

A Polícia Civil, responsável pela investigação dos crimes, também enfrenta uma defasagem em seu contingente. Segundo parecer dos auditores do TCE, o efetivo atual é 35% menor do que o necessário. São apenas 5.831 policiais em um estado que, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, registra em média 6 mil homicídios por ano.

Com efetivo insuficiente e altos índices de violência, a Bahia apresenta a menor taxa de elucidação de homicídios do país. Em 2022, apenas 15% dos 5.044 casos foram solucionados, conforme dados do Instituto Sou da Paz.

Na avaliação do especialista Fabrício Rebelo, fundador do Centro de Pesquisa em Direito e Segurança (Cepedes), o enfrentamento da criminalidade vai além da simples falta de efetivo policial. Para ele, o estado precisa atuar em duas frentes para combater com eficácia as facções criminosas. Além de reforçar o policiamento nas ruas, é necessário ampliar o corpo técnico responsável pelas investigações.

É necessário que, além dessa preocupação meramente quantitativa, haja um esforço para capacitar melhor os policiais

Fabrício Rebelo

Pesquisador em segurança pública e fundador do Centro de Pesquisa em Direito e Segurança (Cepedes)

“Também é necessário que, além dessa preocupação meramente quantitativa, haja um esforço para capacitar melhor os policiais, para que, no momento em que realizam as prisões, essas detenções não apresentem irregularidades que possam ser exploradas no âmbito judicial e resultem na soltura dos criminosos. Para que a gente não fique com aquela sensação de estar enxugando gelo”.

Rebelo avalia que a “fragilidade” das forças de segurança pública na Bahia tem permitido, inclusive, o avanço das facções criminosas pelo interior do estado. “Fazem de lá (as cidades interioranas) suas bases. O armazenamento de armas e drogas são feitos nessas cidades, por conta dessa fragilidade. É uma situação potencialmente ainda mais perigosa do que nós vemos na capital”, analisa.