Remadores resgatados na Baía de Todos-os-Santos tentaram impedir que barco ficasse à deriva

O grupo foi resgatado às 6h por equipes da Capitania dos Portos

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  • Gilberto Barbosa

Publicado em 9 de abril de 2024 às 20:52

Resgate na Baía
Resgate na Baía Crédito: Divulgação

Os sete remadores resgatados na manhã desta terça-feira (9) na Baía de Todos os Santos tentaram evitar que a embarcação ficasse à deriva. O grupo fez uma manobra conhecida como “huli”, na qual a embarcação é virada de ponta cabeça e em seguida trazida de volta à sua posição original para reduzir a quantidade de água que entrava na canoa. Eles tentaram três vezes o procedimento, porém não surtiu efeito.

Eles estavam em aula no momento do incidente. O grupo saiu da Praia da Preguiça às 5h rumo ao Forte São Marcelo. A ida seguiu sem nenhum incidente. Quando os remadores estavam fazendo a segunda parte do percurso, a embarcação foi atingida por uma onda e ficou em alto-mar. O resgate foi feito às 6h por equipes da Capitania dos Portos. Ninguém ficou ferido.

“Os remadores estavam com todos os equipamentos de segurança. Como a canoa não tem risco de afundar, a não ser que parta, eles saíram e ficaram segurando na borda enquanto aguardavam o resgate. O mar não estava tranquilo como estamos acostumados, mas não era nada exagerado ao ponto de não poder ter embarcação”, conta a instrutora Szely de Nunes.

Eles foram resgatados por uma equipe da Capitania dos Portos, que realizavam uma Inspeção Naval de rotina na região quando identificaram o grupo, que explicou o acontecido, e iniciou o salvamento. A embarcação foi rebocada até a Praia da Preguiça.

“O resgate demora porque precisa puxar a canoa bem devagar para evitar que ela arrebente. A capitania pediu para eles irem para o barco, porque como a canoa estava cheia d’água, eles não poderiam ficar. Nós temos muito respeito pelo mar. Quando vemos que não pode sair, ninguém sai. Caso o vento fique mais forte enquanto estamos na água, paramos no quebra-mar, aguardando e dando aula ali mesmo. Ninguém foi irresponsável para enfrentar o mar e sair de qualquer jeito”, finalizou Szely.

Em nota, a Capitania dos Portos da Bahia (CPBA) informou que devido as alterações climáticas, é recomendado a atenção máxima dos condutores de embarcações, em especial, à verificação das condições de navegabilidade antes de ir ao mar, incluindo a consulta ao Aviso aos Navegantes e à bandeira de sinalização.

O órgão também recomenda que os condutores tenham cuidados redobrados no fundeio e na amarração das embarcações, a fim de evitar que se soltem e fiquem à deriva; a verificação da manutenção da embarcação, tendo a bordo todo o material de salvatagem, considerando coletes salva-vidas para todos a bordo, além dos equipamentos de comunicação que devem estar em operação; o uso do aplicativo NAVSEG, que permite a localização da embarcação em tempo real, facilitando uma Operação de Busca e Salvamento.

A Marinha do Brasil disponibiliza o número 185 para o atendimento de emergências, no mar ou nos rios. O serviço opera 24 horas por dia.

*Com orientação da subeditora Fernanda Varela