Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Tem de tudo um pouco: cinco destaques do Mercado Modelo

Cartão postal de Salvador tem de bares a lojas de artesanatos

  • R
  • Raquel Brito

Publicado em 11 de janeiro de 2024 às 07:00

Novo Mercado Modelo foi reinaugurado pela Prefeitura de Salvador na tarde desta segunda-feira (18)
Novo Mercado Modelo foi reinaugurado pela Prefeitura de Salvador na tarde desta segunda-feira (18) Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Segundo destino mais procurado no verão, Salvador é uma cidade rica em pontos para quem quer curtir a estação mais quente do ano. Um dos mais procurados é o Mercado Modelo, no Comércio: de acordo com o prefeito Bruno Reis, o cartão postal recebe 80% dos turistas que visitam a capital baiana.

Reinaugurado recentemente, o equipamento tem 263 lojas que unem opções para todos os gostos, de restaurantes e bares a lojas e manifestações artísticas. Atração queridinha de personalidades como a cantora norte-americana de R&B Kelela, que esteve em Salvador no fim do ano passado, o restaurante Camafeu de Oxóssi comanda o lado direito da cobertura do Mercado Modelo há quase 50 anos.

William Fernandes trabalha no local há seis anos. Nesse tempo, já atendeu clientes como Ivete Sangalo e Bell Marques. “Os clientes elogiam muito a nossa casa e a nossa cozinha, porque os pratos são bons e saem rápido, além dessa vista maravilhosa. Por isso tantos nomes grandes passam por aqui”, afirma.

Na outra extremidade do último andar, outra parada para quem quer aproveitar pratos típicos da Bahia: é o Maria de São Pedro, que já recebeu homenagem de Jorge Amado em um de seus contos e tinha nomes como Carybé como clientes fiéis.

Aqueles que vão ao ponto turístico pelo aspecto cultural podem comemorar: nesta quarta-feira (10), foi inaugurada a Galeria Mercado, exposição que abrigará peças artísticas no subsolo do Mercado Modelo. Lá, estão expostas obras dos artistas baianos Rubem Valentim, Mário Cravo e Vinicius SA.

A exposição foi idealizada pelo secretário de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho. Segundo ele, a ideia veio num dia de visita ao Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), após um pedido do prefeito Bruno Reis para que pensasse em um atrativo para a galeria.

Se é artesanato que o visitante procura, um dos boxes se destaca já no térreo do Mercado. É o de número 179, que pertence a Valter de Almeida Filho, 72, que há 60 anos está na loja, que era do seu pai. Com itens como quadros, porta-retratos e objetos em madeira para decoração, o box de Valter é um paraíso para os turistas que ainda não encontraram aquela lembrancinha para os entes queridos. Para manter a loja, entretanto, ele mantém uma imposição.

“Eu procuro preservar o artesão nacional. Trabalho apenas com peças da Bahia, do Nordeste e do Norte. Aqui, tenho de Salvador, do sertão de Pernambuco, de Camamu, de Juazeiro. Não coloco nada importado no meu artesanato”, defende.

Ainda no térreo, chamam atenção os pequenos boxes de bares. No box 5, o dono, Jair Conceição, de 54 anos, promete cachaças baianas de qualidade e muitas opções de petiscos, como a tradicional pititinga e as lambretas. Ele conta que uma das bebidas, inclusive, encantou o ex-presidente Itamar Franco há mais de duas décadas, durante uma passagem por Salvador.

No primeiro andar, a última loja antes dos restaurantes é um universo de couro: sandálias, bolsas e carteiras de todos os tons de marrom estampam a entrada da loja. Segundo João Felipe Moreira, de 30 anos, que trabalha na loja desde os 16 e herdou a loja do pai, conta que a produção também é familiar, vinda de Feira de Santana, Quijingue, Tracupá e Jorro. “Por ser de couro, tudo sai bastante. A gente trabalha 100% com couro, nenhum material sintético”, diz.

*Com orientação da subeditora Fernanda Varela.