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Cérebro de macaco aquece antes de execução de tarefa

Descoberta põe em xeque conclusões de estudos com ressonância

  • D
  • Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2009 às 09:38

 - Atualizado há 2 anos

A última pesquisa de uma dupla de cientistas da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, traz consigo uma boa e uma má notícia. A boa é que os cientistas deram mais um passo na compreensão do cérebro, ao constatar que ele passa por uma espécie de 'aquecimento' antes de realizar uma dada atividade. A má é que o sucesso do estudo coloca em questão conclusões antes dadas como certas pela comunidade científica quando o assunto é visualização de ativação de neurônios por meio de ressonância magnética funcional.

O estudo, conduzido por Yevgeniy Sirotin e Aniruddha Das, está na edição desta semana do periódico científico britânico 'Nature'. A motivação inicial dos cientistas foi testar uma velha premissa dos cientistas: aquelas luzinhas que 'acendem' em imagens do cérebro obtidas por ressonância magnética realmente equivalem a ativação de neurônios nas regiões 'acesas'?

Os neurocientistas sempre imaginaram que havia uma forte correspondência. Mas o que a ressonância de fato mede é o aumento de fluxo sanguíneo em dadas partes do cérebro. Não necessariamente implicaria disparos de neurônios na região que está sendo mais irrigada. Mas os pesquisadores sempre presumiram que sim, surpreendentemente com poucos estudos que corroborassem essa premissa. 'Poucos estudos compararam sinais neuronais e hemodinâmicos em animais alertas para testar essa presumida correspondência', afirma a dupla, em seu artigo na 'Nature'.

Para testar isso, os cientistas criaram uma nova e sofisticada técnica de imageamento do cérebro e contaram com a colaboração de dois macacos, que seriam submetidos a estímulos visuais enquanto tinham suas cacholas monitoradas.

Qual não foi a surpresa deles ao detectar que havia um aumento do fluxo sanguíneo na região do córtex visual mesmo antes dos macacos iniciarem de fato as tarefas visuais (enquanto os animais aguardavam, ainda no escuro, o início dos testes), como se o cérebro estivesse 'se aquecendo', se preparando, antes de realmente começar a trabalhar.

'Essas descobertas, testadas em dois animais, desafiam o atual entendimento do elo entre a hemodinâmica do cérebro e a atividade neuronal local', afirma a dupla. Ou seja, tudo que os cientistas antes presumiam que equivalia a disparos de neurônios nas ressonâncias magnéticas pode não ser bem assim, o que enseja uma reavaliação de vários estudos anteriores.

'Os resultados também sugerem a existência de um novo mecanismo preparatório no cérebro que traz sangue arterial adicional para o córtex em antecipação a tarefas esperadas', concluem.

Em suma, o novo estudo parece demonstrar algo que os cientistas do cérebro ainda não sabiam, mas que os treinadores de futebol sabem desde sempre: treino é treino; jogo é jogo.

(As informações são do G1)