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Carol Neves
Publicado em 21 de julho de 2025 às 08:36
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta segunda-feira (21), em Santiago, capital do Chile, de um encontro com chefes de Estado e de governo de países da América Latina e da Europa. A reunião tem como foco central a defesa da democracia, o combate à desinformação e a promoção da justiça social por meio da cooperação internacional.>
O evento, promovido pelo governo chileno, reúne líderes como Gabriel Boric, presidente do Chile; Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha; Gustavo Petro, presidente da Colômbia; e Yamandú Orsi, presidente do Uruguai. Juntos, eles buscam construir um posicionamento conjunto em defesa do multilateralismo e do fortalecimento institucional frente aos desafios contemporâneos.>
Três temas principais estruturam os debates do encontro: a consolidação da democracia em um cenário global marcado por tensões, a redução das desigualdades sociais e econômicas, e o enfrentamento à desinformação, incluindo a discussão sobre a regulação de tecnologias emergentes.>
Além desses pontos, a recente decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros também deve entrar em pauta. A medida, considerada a mais severa entre mais de 20 países afetados, foi comunicada a Lula por meio de uma carta enviada em 9 de julho, com início de vigência previsto para 1º de agosto.>
Durante um pronunciamento na última quinta-feira (17), Lula classificou a atitude de Trump como uma "chantagem inaceitável" e criticou duramente os políticos brasileiros que demonstraram apoio à medida, chamando-os de "traidores da pátria".>
A cúpula em Santiago dá continuidade à iniciativa “En Defensa de la Democracia”, lançada anteriormente como forma de articular estratégias coletivas para o fortalecimento das instituições democráticas e a proteção contra ameaças como a manipulação de informações.>
A programação inclui também um almoço na chancelaria chilena e um encontro com representantes da sociedade civil. As resoluções e propostas discutidas nesta segunda-feira devem ser levadas adiante e retomadas no próximo encontro, marcado para ocorrer em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU.>