A floresta azul

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  • Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2022 às 05:00

- Atualizado há um ano

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É muito comum ouvir que a Amazônia é o pulmão do planeta, mas além da floresta verde amazônica, existe uma outra florestal tão ou mais importante, a floresta azul.

Através da fotossíntese, algas marinhas e outros organismos planctônicos produzem oxigênio, que é liberado na água, vai para a atmosfera e fica disponível a outros seres vivos. O Fitoplâncton foi responsável pela captura do carbono que tornou o planeta terra habitável, e produziu metade do oxigênio disponível hoje na atmosfera.

O oceano ocupa praticamente 71% do planeta Terra e fornece 54% do nosso oxigênio. Ele desempenha um papel fundamental nos principais equilíbrios climáticos. O oceano é um termostato, vive em troca-troca permanente com a atmosfera, armazenando e redistribuindo grandes quantidades de calor ao redor do mundo, graças às correntes marítimas. 

O oceano abriga uma imensa biodiversidade, em um litro de água existem cerca de 100 bilhões de organismos vivos, de todos os tamanhos, como os plânctons, que representam 95% dos seres vivos no oceano, e é o primeiro elo da cadeia trófica alimentar. É através do fitoplâncton que acontece o processo de fotossíntese, retirando uma grande quantidade de gás carbônico (CO2) da atmosfera e produzindo o oxigênio atmosférico (O2).

Os microrganismos marinhos desempenham papel essencial para o clima e para a vida no planeta, sendo responsáveis por mais de dois terços da biomassa marinha. Eles são a base de uma imensa cadeia alimentar que sustenta uma grande parte da população mundial. Além de serem uma verdadeira fábrica de serviços ecológicos e econômicos, produzindo oxigênio e capturando emissões de carbono geradas pelas atividades humanas. 

O plástico pode ser um veneno mortal para os animais que o ingerem acidentalmente, causando perfuração do estômago, e também pode ser tóxico, pois absorve produtos químicos poluentes como uma esponja. O microplástico pode ser engolido pela fauna aquática e por aves que se contaminam e muitas vezes morrem ou esses animais são consumidos pelo homem e os microplásticos chegam ao organismo humano.

Não bastasse a gravidade dessa situação, as mudanças climáticas contribuem para piorar ainda mais a qualidade de vida desses seres. Por si só, o aumento da temperatura e acidificação dos oceanos pode ser mortal para diversos animais marinhos.

Como estamos na Década do Oceano (2021 a 2030), período declarado pela Organização das Nações Unidas – ONU, o foco nos oceanos fica ainda mais importante para a sociedade discutir as ameaças como poluição plástica, acidificação e elevação dos oceanos.

A população precisa compreender a importância do uso consciente do plástico, não se pode consumir o plástico como se fosse descartável, deve-se eliminar os plásticos de uso único, como: canudo, copo, prato e talheres. 

Ivan Euler Paiva é mestre em engenharia ambiental urbana e diretor de resiliência de Salvador; André Abreu é diretor de relações internacionais da Fundação Tara Ocean.