Adolescente é atropelada após ser empurrada por homem no Cabula

Segundo a vítima, agressor já a assediava há algum tempo

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  • Tailane Muniz

Publicado em 7 de novembro de 2017 às 08:13

- Atualizado há um ano

Uma adolescente de 17 anos foi atropelada por um carro após ser empurrada por um homem, na tarde desta segunda-feira (6), na Rua Amazonas, bairro do Cabula, em Salvador. 

Conforme a vítima, o responsável pela agressão é um homem que a assediava há algum tempo, sempre que a via passar na rua. A vítima acredita que o crime foi motivado porque ela não correspondia às investidas do homem.

Atropelada pelo veículo, a menina quebrou a perna e foi socorrida pela mãe para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde permanece internada nesta terça-feira (7). A adolescente contou aos policiais que estava a caminho da escola quando notou a presença do suspeito - que aparenta ter 30 anos.  Em contato com o CORREIO, a titular da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), responsável por investigar o crime, Ana Crícia Macêdo, informou que aguarda que a vítima melhore o quadro clínico para que possa ser ouvida. "A investigação vai ficar sob a responsabilidade da delegada plantonista, que não pôde ouvir na hora. Vamos aguardar para escutar o que ela tem a dizer oficialmente", disse.

Sobre o fato de o crime ter sido tipificado como lesão corporal, Ana Crícia afirmou que o que diferencia a lesão da tentativa de homicídio é a intenção do autor. "Para ser tentativa [de homicídio], precisamos checar e investigar a intenção dele. Se ficar claro que houve a intenção de matar, a tipificação pode, sim, mudar", completou.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência registrado na unidade de saúde, o agressor se aproximou e, sem falar nada, a empurrou contra um carro que passava no local. A vítima não soube identificar o autor do crime, mas disse que ele estava acompanhado de outro homem.  

Segundo a delegada, um médico perito vai investigar as lesões causadas à adolescente e, só então, a Polícia Civil poderá enquadrar o caso como lesão corporal leve, grave e muito grave. As penas também são variadas. "Para a leve, o tempo e prisão varia de três meses a um ano; na grave, a pessoa pode ficar presa de um a cinco anos; nos casos mais graves, a pena é de dois a oito anos. Em casos de lesões seguidas de morte, esse tempo pode chegar a 12 anos de prisão", salientou Ana Crícia.

Ninguém foi preso até o momento da publicação desta reportagem.