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Em bons dias ela chega a vender 30 sombrinhas por R$ 10/cada
Milena Hildete
Publicado em 20 de abril de 2018 às 09:29
- Atualizado há um ano
Moradora da Avenida Sete, a vendedora ambulante Maria Valdelice, mais conhecida como Val, 54 anos, nunca deixou a chuva atrapalhar seu trabalho. Quando chega a época do inverno, ela troca as vendas de doces, bebidas e salgados pelas de guarda-chuva. Nesta sexta-feira (20) ela tem sido a salvação de quem saiu de casa sem proteção para as fortes chuvas que atingem a capital baiana e que devem seguir até domingo (22).
Na última quinta-feira, (19), por exemplo, a comerciante comprou 20 unidades de sombrinhas para vender. "No sol, eu vendo minha cervejinha, salgados e doces, mas, quando chove eu pego as sombrinhas lá no China", explicou ela. Cada sombrinha é vendida por R$ 10 . Para revender ela compra cada item por R$5, em média. Hoje, ela ainda vendia o resto da mercadoria de ontem.
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A estratégia de Val também é adotada por outros ambulantes da região. "Tem que sobreviver, não é? As coisas estão tão difíceis, como é que fica sem trabalhar por causa de chuva?", completou a vendedora. Nos "bons dias", os ambulantes chegam a vender até 30 unidades. "Dá pra ganhar alguma coisa. Mas tem que ter voz pra gritar e chamar o povo", diz Val. Outro vendedor, que optou por não se identificar, também troca de mercadoria na época de chuva. "Eu faço isso há uns cinco anos pra não ficar sem trabalhar. O único problema é que trabalha na chuva e, por isso, eu sempre fico doente. Mas já tomei uma vitamina antes de sair de casa pra pra garantir", contou ele.
Chuva em Salvador A Defesa Civil de Salvador (Codesal) divulgou um balanço das chuvas na cidade nas últimas 72h. O mapa aponta que quase metade dos moradores da capital precisam ficar em alerta. O estudo mostra que a chuvas estão bem distribuídas, mas por conta da geografia alguns bairros precisam redobrar a atenção.
A comunidade mais atingidas pela chuvas até o momento foi Bom Juá. O bairro registrou 134,6 mm nas últimas 72h. Em seguida, a Vila Picasso, na região de Pirajá, com 127,4 mm. Esses bairros estão em alerta, assim como Alto do Peru (121,8 mm), Nova Esperança (115,5 mm), Pirajá (112,8 mm) e São Cristóvão (107,8 mm).
A região do Cabula recebeu 111,6 mm de chuva nos últimos 3 dias, mas o bairro não está em 'Alerta', apenas em nível de 'Atenção'. Canabrava foi a comunidade que recebeu menos chuva 4 mm, mas está em Alerta mesmo assim. O Caminho das Árvores foi o bairro em Atenção com menor índice de chuva, com 58,3. O Subúrbio Ferroviário e a Península Itapajilana estão em Atenção.
Apesar da chuva, nenhum bairro está em nível vermelho, o que representarua 'Alerta Maximo'. Quem tiver problemas provocados pela chuva pode entrar em contato com a Codesal pelo 199. As equipes estão de plantão 24h.