Após dois meses, jovem que perdeu couro cabeludo em kart volta para Recife

Ela passou por diversos tratamentos em São Paulo

  • Foto do(a) author(a) Rede Nordeste, JC
  • Rede Nordeste, JC

Publicado em 29 de outubro de 2019 às 09:46

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arthur Borba / JC Imagem

"Voltar para cá (Recife) é muito emocionante". Foi com essas palavras que Débora Stefanny Dantas, jovem de 19 anos que sofreu um escalpelamento em acidente com kart no Recife em agosto, retornou à sua cidade natal na madrugada desta terça-feira (29), após passar dois meses em São Paulo, onde foi submetida a diversos procedimentos médicos.

Ela foi recebida pelos familiares e por desconhecidos que, mesmo sem proximidade com ela, acompanharam o processo de recuperação da auxiliar de ensino infantil. "Meu maior receio, no começo, era se eu teria algum problema que me impedisse de realizar meu sonho, que é ser médica. Percebi que não vou ter esse problema, então estou aliviada. Eu estava estudando há três anos para ser médica quando o acidente aconteceu. Eu vou continuar insistindo nesse sonho".

Débora ainda destacou o apoio que recebe de desconhecidos. "Muitas pessoas me param na rua e conversam comigo. Eu acho que é um gesto de carinho, de amor", disse. O namorado da jovem destacou a força que ela teve ao passar pelo difícil processo de recuperação. "Não tenho palavras para ela. Ela é muito forte", disse Eduardo Tujaman.

Relembre o caso O acidente que escalpelou a auxiliar de ensino infantil Débora Stefany ocorreu na pista de kart Adrenalina, que funcionava há um mês no supermercado Walmart de Boa Viagem. O local foi interditado e não retomará as atividades. Débora e o companheiro pagaram R$ 50, cada, por 22 voltas. A tragédia aconteceu quando ela estava na segunda volta. De acordo com relatos ao Procon, funcionários teriam ficado desesperados na hora e não teriam prestado socorro à vítima.

Após 30 minutos de espera por atendimento, ela foi levada pelo namorado ao Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife. “Ela não teve nenhum tipo de assistência, eles foram totalmente omissos. Não havia bombeiro civil, militar ou alguém que pudesse fazer esse acolhimento. Também não havia viatura para levá-la a um hospital”, denunciou Douglas Nascimento, tio de Débora, em entrevista à TV Jornal.

À TV Jornal, um funcionário da pista, que não quis ser De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, o pedido foi feito às 17h05. Às 17h07 a ambulância foi acionada e às 17h27, quando o Samu já estava à caminho, foi informado de que a vítima havia sido levada em um veículo particular. O empresário Wanderlei Dreyer, pai do dono do Adrenalina classicou o episódio como “fatalidade”. “Foi um acidente. É o primeiro caso desde que atuamos na área, há 20 anos”, alegou. A família, disse, já planejava fechar o empreendimento porque não estaria dando o lucro esperado.

As informações são do Jornal do Commercio