Ba-Vi pode representar virada de chave para dupla de rivais

Primeiro clássico do ano acontece neste sábado (8), às 18h, pela Copa do Nordeste

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 8 de fevereiro de 2020 às 05:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Impor uma sequência de jogos sem perder para o maior rival é marcante. O motivo é óbvio, afinal, ninguém quer perder clássico. E o deste sábado (8), a partir das 18h, na Fonte Nova, abre a temporada de Ba-Vis em 2020 carregado de uma estatística que pode até não entrar em campo, mas reflete a situação dos rivais nos últimos anos. O Bahia não perde o confronto desde 2017.

O Vitória está há 12 jogos sem vencer um Ba-Vi, embora internamente a seca acabe amenizada quando se leva em consideração a rotatividade do elenco rubro-negro. Para se ter ideia, o goleiro Ronaldo é o único rubro-negro que já disputou um Ba-Vi entre os 11 cotados para serem titulares.

Técnico do Vitória, Geninho mostrou que o tabu não atingiu o elenco ao confundir a marca de 12 jogos com dois, na entrevista concedida na véspera do duelo. 

Uma boa justificativa para ele relativizar o jejum e focar, apenas, em fazer um bom jogo para derrubá-lo. “Acho que não é um tabu muito grande, né? Acho que é um tabuzinho, sabe. É muito difícil dar um favoritismo a clássico. No clássico, eu acho que não existe favoritismo (...). Eu espero que a gente possa ter nesse jogo um resultado diferente dos dois últimos”, disse Geninho, ao ser questionado sobre o assunto. Geninho quer mudar a sina do Vitória, que já tem 12 jogos sem vencer o Bahia (Foto: Letícia Martins/EC Vitória) A atual invencibilidade do Bahia é a maior do Ba-Vi no século XXI. O Vitória ficou imbatível por 11 jogos entre 15 de fevereiro de 2004 e 14 de maio de 2006. Na época, foram cinco triunfos do Leão e seis empates. Na atual sequência de 12 jogos, o Esquadrão venceu seis e empatou seis. Isso inclui um triunfo homologado como 3x0 por W.O. após o Leão ficar com apenas seis jogadores em campo no clássico disputado no dia 18 de fevereiro de 2018, que em campo estava 1x1.

A maior sequência invencível da história do Ba-Vi também pertence ao tricolor e aconteceu de 26 de março de 1986 a 3 de julho de 1988, período em que o Bahia ficou 18 jogos sem perder do Vitória. Foram nove triunfos e nove empates.

O Ba-Vi deste sábado, válido pela terceira rodada da Copa do Nordeste, tem um peso simbólico grande para as duas equipes. Vindo de uma derrota dolorida e consequente eliminação para o River na Copa do Brasil, o Bahia tem no clássico a oportunidade perfeita para tirar um pouco da pressão que recaiu sobre o clube menos de duas semanas após iniciar a temporada. 

Caso vença o rubro-negro na Fonte Nova, o Bahia pode assumir a liderança do grupo A com sete pontos, superando seu algoz piauiense da última quarta-feira, atual 2º colocado com os mesmos quatro pontos do tricolor, e o Sport, líder com cinco pontos, mas que já jogou na rodada. Roger entende que vencer no clássico pode atenuar a pressão vivida pelo Bahia após a eliminação na Copa do Brasil (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia) O técnico Roger Machado enxerga o clássico como uma oportunidade para construir uma retomada para o Bahia e acredita que os efeitos da eliminação podem ser atenuados por um bom resultado. “Jogar com essa prerrogativa [de manter o tabu] e pressionado com essa questão de aumentar ou não perder um clássico que já vem, se não me engano, há 12 jogos de invencibilidade só vai jogar um peso desnecessário. Nós queremos o triunfo”, afirmou.

Do outro lado, o Vitória tem a oportunidade de vencer a primeira partida no ano com seu time principal e, se isso acontecer, o time de Geninho consegue não apenas quebrar o tabu, mas também jogar a bomba no colo do rival, deixando de ser o time que está há 12 jogos sem ganhar para ser aquele que está há quatro sem perder. O motivo é simples: os três últimos clássicos acabaram empatados.

*com supervisão do editor Herbem Gramacho