Bial se desculpa por referência 'descuidada' às travestis em papo com Ronaldo

Apresentador relembrou quando ex-jogador teria se envolvido com travestis e fala repercutiu na web

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  • Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2021 às 19:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: reprodução

Pedro Bial usou as redes sociais nesta terça-feira (25) para se desculpar por ter se referido de forma "descuidada" às travestis, durante entrevista com o ex-jogador de futebol Ronaldo, exibida na última quinta-feira (20) no Conversa com Bial. Durante o papo, o jornalista relembrou o episódio de quando o craque teria se envolvido com três travestis, em 2008, e se referiu a elas no pronome masculino. Bial foi alvo de protestos na web e usou seu perfil para se justificar."Olá, minha gente. Dá licença... Não é nem pela reação na internet que venho aqui hoje me penitenciar pelo mau uso, pelo uso infeliz de um artigo, da forma descuidada que eu me referi às travestis. É pela minha consciência, consciência de alguém que eu não preciso fazer um levantamento histórico, mas de alguém que tem uma história de contribuição para a causa trans. Lamento demais ter ofendido quem quer que seja, isso jamais foi minha intenção", justificou Bial."Alguns poderiam até achar desproporcional a reação, a violência das manifestações na internet, mas acho que violento não. Violenta é a vida dura, terrível das pessoas trans maltratadas. É uma tragédia que o Brasil tem que enfrentar. Então estou aqui para dizer, em primeiro lugar, que contem comigo, sempre, para o bem, para a construção, para a mudança desse estado de coisas. Um grande beijo para todos e todas!", disse o apresentador no vídeo.

A cantora Linn da Quebrada usou as suas redes sociais para criticar o apresentador pelo que considerou "fala transfóbica":"É um absurdo, mesmo depois de ter entrevistado a mim e ter acesso a tanta informação, ainda assim, o Bial se permitir erros tão irresponsáveis e cruéis com nossos corpos. Uma transfobia que corrobora com todo processo de marginalização ligado às nossas identidades. Inadmissível", escreveu Linn da Quebrada.