Bom para cachorro: cães participam de concurso de raças com pedigree

Mais de 100 animais participam do evento, que acontece neste sábado (28), no Shopping Paralela

  • Foto do(a) author(a) Thais Borges
  • Thais Borges

Publicado em 28 de outubro de 2017 às 15:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos de Almiro Lopes
.

Eles podem até ser super fofinhos, mas, neste caso, fofura não basta. Tem que ter porte, peso, dentes perfeitos e até comportamento dentro dos mais altos padrões. Depois, prepare-se para um desfile de beldades em um tapete vermelho – e não se trata de concurso de miss ou estreia hollywoodiana. É um desfile dos participantes do Campeonato Internacional de Raças Caninas, promovidas pelo Clube Baiano de Cinofilia. 

O concurso, que conta com mais de 100 cachorros de pelo menos 40 raças, está sendo realizado no Shopping Paralela, neste sábado (28), ao longo de todo o dia. Todos os cães participantes têm pedigree – ou seja, são raças ‘puras’, que contam com critérios estéticos bem específicos. Entre os concorrentes, há desde buldogues franceses e ingleses a chihuahuas, labradores e rottweilers. 

As chihuahuas Sapphi, 8 meses, e Mina, 11 meses, foram com os donos, o casal Sinval Machado, 33 anos, e Diego Lopes, 30. “Temos cinco chihuahuas. Nossa amiga é criadora, tem um canil e comentou sobre a exposição. Algumas pessoas veem esse hábito como uma tortura (para os animais), mas eles não veem que a gente faz de tudo pelo bem deles (dos cães)”, afirmou Diego. 

Lá, na exposição, Sapphi e Mina encontraram a amiga Vicky, 7 meses, acompanhada da dona, a amiga do casal, a veterinária e criadora Isabela Aguiar. “Elas se divertem, brincam, interagem. É importante (para o desenvolvimento do cachorro) socializar com outros cães e é um hobby para a gente e para eles”, explicou Isabela, que tem um canil há sete anos e há cinco participa de concursos e exposições. 

O profissional de marketing Ricardo Peixoto, 31, levou o boston terrier Thor, 9 meses. Quando conversou com o CORREIO, Thor tinha acabado de desfilar em uma das primeiras etapas – já tinha levado o título dessa categoria. Embora seja bem-sucedido, o cãozinho participava apenas de sua segunda exposição. “Ele ganhou a primeira também e estamos esperando agora as próximas (fases do campeonato). É muito interessante participar porque você quer mostrar que seu cachorro é diferenciado. Mas ele se diverte. Meus fins de semana são sempre dele”. 

O labrador Bono, 1 ano e 3 meses, também participava de seu segundo concurso. Até o final da manhã,  já tinha ganhado como melhor de sua raça e melhor do grupo (quando são avaliados cachorros de raças com o mesmo perfil). “A alimentação hoje é tudo para ficar livre de doenças. O labrador é um cachorro forte, baixo, tem esse padrão”, conta o dono de Bono, o criador João Moreira, 39.

Já Milou, 6 meses, um machinho da raça Cotton de Culear, relaxava no saguão do shopping antes de fazer sua estreia na ‘passarela’ e em concursos. O dono, o historiador Cláudio Gazineo, 39, gostou tanto que já pretende participar de outros. “A irmã dele (de Milou) está aqui participando com uma amiga, que me falou. Como essa é a primeira vez dele, estamos deixando ele bem livre, bem à vontade para conhecer. Nos próximos, vamos nos preparar mais”. 

Para participar do campeonato, é preciso estar inscrito em alguma entidade filiada à Federação Internacional de Cinofilia, além de pagar uma taxa de R$ 130. De acordo com a presidente do Clube Baiano de Cinofilia, Bianca Teixeira, primeiro, os cães competem entre os da mesma raça – machos separados de fêmeas. Depois, o melhor da raça é escolhido entre o melhor de cada sexo. Em seguida, os campeões das raças competem em grupos – 10, ao todo – que reúnem raças com as mesmas características. Por último, os juízes escolhem os cinco melhores de cada grupo. 

Dentro do campeonato, há três exposições independentes. Ou seja: cada participante concorre nas mesmas categorias em três momentos – duas representam entidades pan-americanas, enquanto uma é internacional. “O cachorro de exposição não pode estar magro ou gordo, por exemplo. Observamos a quantidade de dentes, o tamanho da cabeça. Não existe premiação em dinheiro, porque o objetivo é melhorar a raça. Os melhores vão ganhar certificados que homologam os títulos”. 

O Clube Baiano de Cinofilia é uma instituição sem fins lucrativos e conta com o patrocínio da Royal Canin e Latam Cargo. “Os criadores procuram manter a qualidade e as características de cada raça e nós entramos com o suporte da alimentação”, explica o gerente comercial da Royal Canin para Bahia e Sergipe, João Luiz Lopes. 

Confira o que rolou no evento em quinze fotos: