Caças americanos sobrevoam península coreana em treino militar

Esses são os primeiros voos de aparatos militares americanos desde que o regime de Pyongyang realizou seu sexto e maior teste nuclear, em 3 de setembro

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  • Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2017 às 11:50

- Atualizado há um ano

Os Estados Unidos enviaram caças e jatos para sobrevoar, hoje (18/9) a Península da Coreia e as cercanias do Japão em um treino militar em conjunto com o país e com a Coreia do Sul, três dias após a Coreia do Norte lançar um míssil que sobrevoou o Japão. 

É comum o Exército americano realizar esse tipo de exercício com o objetivo de mostrar força, principalmente com os ânimos acirrados. Quatro aviões F-35B e dois bombardeiros B-1B sobrevoaram a península. Esses são os primeiros voos de aparatos militares americanos desde que o regime de Pyongyang realizou seu sexto e maior teste nuclear, em 3 de setembro. 

No domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-In, se comprometeram a aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte. Um pedido semelhante foi encaminhado à China. No entanto, a maior  potência asiática e princpal parceira econômica de Pyongyang rejeitou a demanda. O jornal do Partido Comunista da China, People's Daily, criticou os Estados Unidos por exigir que Pequim pressione mais a Coreia do Norte a pausar seu programa de armas nucleares. "Pequim nunca irá aceitar a responsabilidade imposta pelos Estados Unidos", segundo a publicação. A China é responsável por cerca de 90% do comércio da Coreia do Norte.

O jornal ainda apontou que as sanções contra o regime de Pyongyang não devem interferir no "comércio legítimo" entre a Coreia do Norte e o mundo exterior, ou prejudicar as pessoas comuns. Sanções não são "uma ferramenta para prejudicar o regime", salienta a publicação. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Lu Kang, disse para repórteres que "alguns partidos envolvidos" - em referência aos EUA e Coreia do Norte - "seguem mandando mensagens ameaçadoras tanto em palavras quanto em intenções, que incluem alertas de ações militares". "Esse tipo de ação não ajuda a resolver o problema, apenas complica a situação", afirmou.