Chegada de Carpegiani tem ajudado a resgatar essência do Leão

Técnico chegou há pouco tempo, mas fez Leão voltar a lançar atletas da base

O triunfo do Vitória diante do Atlético-MG, na rodada passada, foi especial. Não só pelo alívio de fazer a alegria do seu torcedor após cinco rodadas, mas também por resgatar um pouquinho da essência do Leão, que ao longo da sua história marcou seu nome justamente por revelar grandes jogadores nas suas categorias de base.

O feito é motivo de orgulho pelas bandas da Toca do Leão. Tanto que, no centro de treinamento, há uma grande estrutura voltada exclusivamente para os moleques da base, batizada de Fábrica de Talentos, com uma grande pintura de uma das principais crias de lá: Gabriel Paulista. Contra o Galo, praticamente metade da equipe tinha vindo da base. O goleiro Ronaldo, os zagueiros Ramon (que já tinha atuado profissionalmente no Bahia de Feira) e Lucas Ribeiro, o volante Léo Gomes e o atacante Léo Ceará, que foi, nada menos que, o autor do gol do triunfo rubro-negro, por 1x0, no Barradão.

Com apenas nove jogos na carreira profissional, Ronaldo falou sobre o grande sonho de poder atuar nos principais jogos do clube. “É muito gratificante, principalmente para a gente que vem da base, que sonha em poder atuar como profissional. Ainda mais quando o clube é seu formador, né? Eu realizei o sonho de estrear no profissional, assim como o Léo Gomes, o Léo Ceará, o próprio Lucas Ribeiro também. Todos fizeram grandes partidas até agora. É algo inexplicável poder atuar no time profissional”, conta o goleiro.Quem é essa galera? Desse time, Ramon é o único que não foi formado no Vitória, mas teve passagem pela base. Ele chegou à Toca em 2014, por meio de uma parceria com o Bahia de Feira. Disputou campeonatos pelo sub-20 e foi promovido ao time principal em março do ano seguinte. Fez parte da campanha que devolveu o Vitória à primeira divisão e, em 2017, foi para o  Maccabi Tel Aviv, de Israel. Retornou à Toca cinco meses depois.

Já Ronaldo precisou trabalhar duro por três anos para ganhar uma chance. Promovido a profissional em 2015, ele só estreou este ano, e logo em um jogo decisivo. Após o Vitória perder para o Sampaio Corrêa por 3x0 na Copa do Nordeste, ele atuou no jogo de volta. Não sofreu gols, mas viu o time ser eliminado.

Quem também acabou lançado em 2015 foi Léo Ceará. Ele teve chance naquele mesmo ano, mas não marcou nenhum gol pelo seu clube formador. Pouco aproveitado, foi emprestado para Campinense, Confiança e Ryukyu, do Japão. Estava no time sub-23 quando foi chamado por Carpegiani para voltar a fazer parte do time dos profissionais.

As estreias mais recentes são as de Léo Gomes e Lucas Ribeiro. A dupla também foi chamada por Carpegiani após um treino e estreou em um jogo dificílimo, contra o Flamengo, no Maracanã lotado, com 50 mil pessoas. O Leão perdeu por 1x0, mas os dois agradaram.

O elenco ainda tem mais oito jogadores da base: o goleiro Diego, os zagueiros Léo Xavier e Bruno Bispo, o lateral Cedric, os meias Nickson e Jhermeron, além dos atacantes Luan e Flávio.