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Shows da nova turnê Caravanas acontecem até domingo (20), com seleção de músicas inéditas em palco
Naiana Ribeiro
Publicado em 17 de maio de 2018 às 23:00
- Atualizado há um ano
A fila no foyer do Teatro Castro Alves para fazer fotos (e selfies) com um banner gigante de Chico Buarque, formada majoritariamente por mulheres, anunciava: a caravana do artista de 73 anos chegou a Salvador. E trouxe consigo um desfile de looks e perfumes importados. (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Após passar por São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (BH), o artista carioca iniciou uma série de apresentações na capital baiana. Até domingo (20), o TCA recebe mais três shows de Chico, sempre às 21h. O clima era contagiante - como se cada um ali estivesse reencontrando com seus mais profundos sentimentos. “É a maior alegria ter ele aqui. Amo Olhos Nos Olhos, porque ele diz tudo que a gente queria dizer”, declarou, sorridente, a professora e escritora Mabel Velloso. Da oitava fileira, a cantora e compositora Daniela Mercury e a esposa, a jornalista Malu Verçosa, também apreciaram ao espetáculo. “Quando eu era criança, meu pai colocava Meus Caros Amigos (1976) pra gente ouvir. Decorei todas as músicas. Chico é uma grande referência, seja na musicalidade, dos arranjos ou nas letras”, disse Daniela, que regravou dezenas de canções do amigo e ídolo, como Cálice. A cantora destacou ainda que admira a forma corajosa que o compositor defende suas ideologias: "As músicas dele falam sobre personagens do Brasil. Falam de todos nós". Daniela Mercury e a esposa, Malu Verçosa, apreciaram ao espetáculo (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) A cantora Ivete Sangalo e o marido, o nutricionista Daniel Cady, chegaram de fininho - entraram assim que as luzes apagaram e sentaram na primeira fileira e saíram no final do primeiro bis (Chico cantou três). Viram de pertinho o show, que mais parecia uma pintura em forma de música. No início, o silêncio era monumental a cada música. Mas ele foi ovacionado ao final de todoas as músicas do show. Simples, o cenário tinha fios, que formavamm uma rede, e um objeto preso ao teto - que mais parecia um ventilador de ferro. Mas a iluminação cênica deu o 'tchan' do negócio. No repertório, Chico cantou músicas do álbum Caravanas, lançado no ano passado, e releituras de clássicos de outros compositores como Sabiá, de Tom Jobim. “Essas letras são uma homenagem a músicas que eu gostaria de ter escrito”, disse Chico, que agradeceu à Bahia pela oportunidade. Ele homenageou ainda o sambista Wilson das Neves, que morreu ano passado.
Também tocou Minha Embaixada Chegou, de Assis Valente; e alguns sucessos de sua autoria como Partido Alto e Futuros Amantes para alegria das professoras Naiara Silva e Socorro Chaves, ambas com 47 anos. Elas chegaram cedo ao TCA e fizeram questão de clicar várias fotos com o Chico do banner. "Estava pensando em ir ver o show de BH. Mas, quando vi que ia ter aqui, corri pra comprar", contou Naiara, que é fã de Chico desde pequena. Sua canção preferida dele é O Meu Amor, mas ela garante que sabe quase todas de cór: "Quando me divorciei, decorei todas", brincou. Já Socorro gosta mesmo é da música Mulheres de Atenas: "Ele é um dos poucos que entende as mulheres".
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