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Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2018 às 11:50
- Atualizado há 2 anos
Ah... os italianos... Como sabem comer e beber bem! Começamos a planejar nossa viagem à Toscana pelas vinícolas. Listamos as que queríamos conhecer e marcamos as visitas. Siga o Bazar nas redes sociais e saiba das novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração e pets: A experiência é sempre incrível. Os produtores falam de seus Brunellos, Rossos e Chiantis como quem fala de filhos. E beber vinhos carregados de tanto carinho e dedicação no processo de produção é fascinante.>
Muitas vinícolas têm restaurantes. E eles nos surpreenderam pela qualidade da comida. Agora, dividimos com vocês nosso roteiro enogastronômico.>
Antinori A Vinícola Antinori nel Chianti Clássico impressiona desde a chegada. Fica em Bargino, próximo a Florença. E vale pegar a estrada para ir até lá. Principalmente pelos vinhos que a Antinori produz. A Antinori nel Chianti Clássico tem arquitetura assinada por Marco Casamonti (Foto: Giácomo Mancini/Acervo Pessoal) A vinícola, uma das tantas que a empresa tem na Itália, fica em um prédio moderno, que aproveita bem todos os recursos da natureza. A construção está encravada numa colina. Com concreto, madeira, terracota, aço e vidro, o arquiteto Marco Casamonti criou uma obra apaixonante. Todo o material usado na construção tem origem na própria Toscana. >
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Fizemos uma visita guiada e ficamos encantados. No fim, já incluída no preço (€32), está uma degustação de vinhos da Antinori. São três escolhas possíveis. E, quando você termina, você cai... na lojinha, claro. Além de comprar vinhos, taças e acessórios, ainda há a possibilidade de experimentar os grandes Supertoscanos da Antinori, como o Tignanello e o Solaia, pagando por taça. No fim da visita, há uma degustação de vinhos da Antinori (Foto: Giácomo Mancini/Acervo Pessoal) Restaurante Rinuccio 1180 A Antinori tem um belo restaurante, só para almoços. Você não precisa fazer a visita para reservar uma mesa. Mas é ótimo quando é possível conjugar as duas coisas.>
Nós começamos nosso tour pelo restaurante. Você pode optar por menus de degustação ou à la carte. Fomos no primeiro. E foi ótima escolha. Principalmente, o ravióli de galinha de angola. Inesquecível.>
Col D´Órcia Se há uma vinícola em que nos sentimos quase em casa, é a Col D´Orcia. Fomos lá a primeira vez em 2011, por indicação da Mistral. E conhecemos duas pessoas incríveis: o Conde Francesco Maroni Cinzano, dono da vinícola, e Nicola Gianetti, manager de imprensa. Nesse dia, tínhamos um almoço reservado em um lugar próximo. Mas o Conde não nos deixou sair. Comemos lá e estabelecemos uma relação cordial. >
A Col D´Orcia não tem restaurante. Há uma cantina para atender funcionários e visitantes. Dessa vez, avisei Nicola que gostaríamos de voltar à vinícola e que éramos oito pessoas. Não houve problema na reserva. O Conde Francesco Maroni Cinzano e nossa turma na Col D’Orcia (Foto: Giácomo Mancini/Acervo Pessoal) No dia marcado, chegamos à Col D´Orcia no fim da manhã - uma manhã quente de Verão. Lá estava Nicola, elegante e simpático como sempre. No tour pela vinícola, ganhamos um presente-surpresa: provamos um Brunello direto da barrica, com uma aula sobre a Sangiovese, a uva dos Brunellos de Montalcino. >
Depois, fomos encontrar com o Conde Francesco para a degustação dos vinhos da Col D´Orcia. Foi a melhor degustação de que participamos. Brunellos, Rossos de Montalcino, Chiantis, brancos... Além de conduzir a degustação, o Conde deu uma aula sobre a história dos Brunellos. O top da Col D´orcia é o Poggio al Vento, um Brunello Riserva. >
A degustação seguiu com o almoço. Foi uma massa típica da Toscana com trufas negras produzidas na própria vinícola e fatiadas por Francesco. Saímos encantados e prometendo voltar mais um vez. Quem sabe? A massa com trufas negras produzidas na própria vinícola (Foto: Giácomo Mancini/Acervo Pessoal) Castello Banfi O Castello Banfi começou a produzir Brunellos a partir de 1978. Hoje é uma das casas mais respeitadas de Montalcino na produção de Brunellos e Rossos. >
A propriedade é conhecida como Poggio alle Mura. É um lugar muito bonito. O Castello também tem um hotel de charme bem famoso na Toscana. Você pode optar por fazer uma visita guiada pela área de produção dos vinhos, ir direto à enoteca provar os rótulos ou ainda almoçar em um dos dois restaurantes da vinícola. O Castello Banfi produz Brunellos desde 1978 e tem um hotel de charme (Foto: Giácomo Mancini/Acervo Pessoal) Nós preferimos fazer a degustação na enoteca e, depois, almoçar na Taverna Banfi. A enoteca é linda. Parece um antigo armazém com os vinhos em exposição. >
O atendimento no bar é bem simpático e eficiente, com boas explicações sobre a produção de vinhos e os cortes de cada um. Como você já está na loja e como as garrafas estão ali, pedindo para serem levadas... você leva, claro. Caixas no carro, hora de almoçar.>
Taverna Banfi A Taverna fica ao lado da enoteca. É charmosa, com atendentes simpáticos e comida muito boa. Aqui, também é possível pedir o menu degustação ou seguir o cardápio à la carte. Optamos pelas sugestões do dia. >
A maioria das mulheres foi de ravióli de pato com trufas e creme de cenoura e os homens, de costeleta de cordeiro. Para acompanhar, escolhemos o Poggio Alle Mura Rosso di Montalcino. Era o dia da final da Copa do Mundo e voltamos para nossa casa em Monticchiello para aproveitar o domingo. Os italianos, loucos por futebol, deixaram as estradas vazias. Ravióli de pato com trufas e creme de cenoura da Taverna Banfi (Foto: Giácomo Mancini/Acervo Pessoal) Castello di Brolio Famiglia Ricasoli in Chianti O Castello di Brolio está nas mãos da família Ricasoli desde 1141, tempos de Carlos Magno. Foi quando começou a produção de vinhos. A vinícola é a mais antiga da Itália e a quarta mais velha do mundo em operação. Além disso, foi Bettino Ricasoli quem criou a fórmula do Chianti Clássico, em 1872. >
Nesse dia, saindo de Monticchiello, demoramos mais do que prevíamos na estrada. Mesmo assim, conseguimos cumprir nossa degustação. Acabou sendo meio apressada, mas provamos quatro vinhos. Com destaque para o Castello di Brolio 2013, o Brolio 2015 Riserva, ainda um pouco jovem, e o ótimo Casalferro 2015, um surpreendente corte de 70% Sangiovese e 30% Merlot. Vinhaço. Rótulos do Castello di Brolio, a vinícola mais antiga da Itália (Foto: Giácomo Mancini/Acervo Pessoal) Em seguida, fomos almoçar no restaurante da vinícola, aos pés do castelo medieval.>
Osteria del Castello A Osteria fica no meio de árvores imensas. Tem uma varanda charmosa, que fica ao lado da horta do chef de cozinha, com temperos e legumes colhidos momentos antes do restaurante abrir as portas. >
Vale a pena pedir o menu degustação com harmonização. Quatro pratos com três vinhos por €45. E o melhor é que os garçons, todos simpáticos e divertidos, não economizam na hora de servir as taças.>
Casato Prime Donne Donatella Cinelli Colombini é uma pioneira. Foi a primeira mulher a produzir Brunellos na Toscana. Fundou a Casato Prime Donne em 1998. A Casato Prime Donne foi fundada em 1998 por Donatella Cinelli Colombini (Foto: Giácomo Mancini/Acervo Pessoal) É uma vinícola com mão de obra, na grande maioria, de mulheres. Elas é que tocam a produção de Brunellos, Rossos e Chiantis. O lugar mostra bem o cuidado das mulheres com a produção e com as instalações. A vinícola tem obras de arte pela propriedade (Foto: Giácomo Mancini/Acervo Pessoal) Na área das caves, o visitante recebe todas as informações, ao mesmo tempo que são projetadas imagens de obras de arte. Aliás, obras estão espalhadas pela propriedade. >
As barricas de carvalho onde os Brunellos envelhecem são marcadas com corações vermelhos quando as enólogas consideram que a safra é excepcional. Quando a safra é considerada excepcional, há corações vermelhos marcando as barricas (Foto: Giácomo Mancini/Acervo Pessoal) Nossa degustação, de quatro vinhos, foi conduzida por Antonella. Havíamos nos perdido antes de chegar à vinícola. Atrasamos quase uma hora. E ela nos esperou pacientemente. E deu para entender por que o Brunello de Donatella é tão elegante. Saímos da vinícola carregados com Brunellos, azeites e muitas, muitas fotos.>
La Cantina de la Porta Fomos a vários restaurantes na Toscana. Mas o que resolvemos chamar de “nosso” fica em Monticchiello, a dois quilômetros da casa que alugamos. >
Os proprietários têm dois espaços no pequeno borgo medieval - Osteria e a Cantina. Ambos são ótimos. Mas a Cantina tinha Daniele, o super sommelier que, além de nos indicar os pratos, nos apresentou a vários vinhos toscanos, de vinícolas pequenas e quase desconhecidas. Sobremesa da Cantina de La Porta (Foto: Giácomo Mancini/Acervo Pessoal) Brunelllos, Rossos e Supertoscanos que nos fizeram dar boas risadas. Mas e a comida? Maravilhosa. Comemos costeletas de cordeiro inesquecíveis. E a preços bem razoáveis. A perfeita combinação do custo baixo com excelente comida. >
*Colaboraram para o Bazar>