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Autor de O Código Da Vinci reúne poemas e espalha enigmas em publicação para crianças
Roberto Midlej
Publicado em 7 de outubro de 2020 às 06:30
- Atualizado há um ano
Conhecido pelo best-seller O Código Da Vinci, o escritor americano Dan Brown revela em seu novo livro, Sinfonia dos Animais, um outro talento. Ou, na verdade, dois talentos: um deles é como escritor infantil, já que o lançamento é destinado a crianças de três a sete anos; além disso, Dan Brown exibe suas habilidades como compositor, uma vez que o livro vem acompanhado de uma trilha sonora de música clássica criada por ele mesmo.
Não há exatamente uma história, mas uma sequência de poemas, sendo cada um deles relacionado a um animal: tem o ratinho maestro, o hipopótamo feliz, o canguru saltitante... E, no final de cada texto, uma pequena lição de moral à moda antiga, como nas velhas fábulas infantis: “Fazer muito barulho nem sempre é a melhor forma de chamar a atenção. Ser quieto e elegante pode ser ainda mais importante”, diz uma delas.
Os textos abordam temas como compaixão, paciência e respeito. Embora divertidos, talvez nem sejam a melhor parte. O melhor mesmo provavelmente é a experiência que os pais podem ter de ler o livro para os filhos enquanto escutam as músicas que estão disponíveis em um aplicativo. Para cada animal, há uma música correspondente.
E mais: nas plataformas de streaming, está disponível o álbum do livro, com as músicas em suas versões integrais, enquanto no app elas são mais curtas. No streaming, procure pelo título em inglês: Wild Symphony.
Croácia As composições, escritas por Brown há cerca de 30 anos - quando ele ainda nem sonhava que um dia chegaria à marca de 234 milhões de livros vendidos-, foram executadas pela Orquestra Filarmônica de Zagreb, da Croácia. Para finalizar as músicas, o escritor recorreu a um conhecido, o produtor Bob Lord, executivo da Parmam Recordings, que já prestou serviços a empresas como Nintendo e National Geographic. Bob viajou à Croácia para trabalhar com a orquestra na gravação e aprimorou as composições, fazendo pequenos ajustes.
O livro traz um elemento extra, bem ao estilo do autor: o leitor vai encontrar diversas letras espalhadas que, quando combinadas, formam pistas para desvendar uma mensagem. São enigmas como costumam aparecer nos livros de Robert Langdon, protagonista de romances de Brown.
A relação do escritor com a música é antiga, conforme ele mesmo observa no livro:“Meus pais eram músicos, então cresci estudando piano clássico, cantando em corais e assistindo a concertos. Quando era criança, a música era meu refúgio secreto. Até hoje, toco piano todos os dias”.Brown até tentou seguir a carreira de músico profissional no início dos anos 1990, mas, diante do fracasso, tornou-se professor na prestigiada Phillips Exeter, escola de segundo grau fundada há mais de 200 anos. Na música, fez algo no estilo de Elton John: “Gravei o disco bem na onda inicial do rap. Meu ‘timing’ era horrível”, disse o escritor ao The New York Times.