Das ruas à telona: história dos Palhaços do Rio Vermelho vira documentário

Filme será exibido no Panorama Internacional Coisa de Cinema e na TVE

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  • Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2021 às 05:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Fernando Naiberg

O início foi em 1986, na Rua Ilhéus, no Rio Vermelho. Foi lá que nasceu uma moderna tradição pré-carnavalesca: Palhaços do Rio Vermelho. O artista plástico Ruy Santana percebeu que a rua não estava mais interessante para brincar o Carnaval e a fantasia já tinha sido substituída por mortalhas e abadás, daí surgiu um movimento cultural crescente e agregador, que evoca o mais simbólico e querido personagem circense para resgatar o lado poético da festa.

O documentário Palhaços do Rio Vermelho – O Curta, tem 25 minutos, mergulha na história desse movimento e acompanha seu divertido e colorido desfile, onde a resistência e espontaneidade popular dão o tom. Com direção de Lilih Curi, roteiro de José Araripe Jr e direção de fotografia de Paulo Alcântara, o filme estreia hoje, às 18h, na Mostra Competitiva Baiana do Panorama Internacional Coisa de Cinema, no Cine Metha Glauber Rocha, com ingresso a R$ 5.  E também ficará disponível 24h na plataforma do Festival. A sessão será seguida de debate e amanhã (8) o filme tem reprise, às 13h40. Já na sexta-feira, Dia Internacional do Palhaço,será exibido na TVE, às 20h.

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Além da festa,o filme leva às telas tudo que acontece para a realização dela, destacando o encanto, a alegria e as emoções que centenas de palhaços provocam nos frequentadores do festejo. “É uma honra poder resgatar a figura dos palhaços numa obra de audiovisual. Mais do que personagens icônicos, que representam alegria e diversão, os palhaços e os criadores que estão por trás deles despertam em todos nós a ludicidade e a memória afetiva da criança que fomos um dia. É esse sentimento que desejo transpor para as telas e despertar a criança que habita em cada espectador”, afirma a produtora Gorette Randam.

Para Ruy Santana, o documentário é importante para preservar a memória da iniciativa, que nasceu a partir do desejo de amigos em curtir os antigos carnavais, revivendo o Bando Anunciador do Rio Vermelho, onde até hoje os Palhaços saem. “A brincadeira foi se tornando o que é hoje, e não imaginávamos isso. Não tinha, nem tem estrutura, mas está aí mostrando que há espaço para o Carnaval de minha infância e adolescência, do trio sem corda. Tem espaço para tudo, sem esquecer de nossa cultura e dando espaço para ela”, conta. 

A iniciativa é uma idealização da RG Produção Cinematográfica e foi viabilizada por meio do Edital Setorial de Audiovisual 2019, com apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.  .