Defesa Civil pede que imóveis sejam demolidos na ilha

Ao menos nove imóveis, entre pousadas, bares e restaurantes, foram destruídos ou arrastados pela maré

  • D
  • Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2018 às 21:34

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Em visita nesta quarta-feira (19) à praia de Cacha Pregos, no distrito de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, a Defesa Civil Estadual orientou a prefeitura a tomar medidas, com urgência, após o avanço do mar sobre os imóveis da região. A primeira delas é demolir esses imóveis, como caixas d’água, muros e casas, além da retirada de coqueiros e limpeza da área atingida. Ao menos nove imóveis, entre pousadas, bares e restaurantes, foram destruídos ou arrastados pela maré, tendo sido abandonados pelos proprietários. O superintendente do órgão, Paulo Sérgio Menezes Luz, explicou que o risco dos imóveis desabarem é iminente, mas ele não soube confirmar quantos são. Sobre a necessidade da limpeza, Paulo Sérgio citou o caso de um turista que, recentemente, precisou ser levado ao hospital depois de pisar em um vergalhão de uma casa soterrada. “O mar não para de subir. É um desastre de evolução gradual. É preciso proteger os moradores e quem circula pela área, como crianças, turistas e curiosos”, disse o superintendente. Há ainda a orientação de colocar pedras ou rochas para tentar atrasar o avanço do mar em direção às casas - processo chamado de enrocamento e que é uma medida paliativa. “Isso deve ser feito até o município contratar um engenheiro oceanográfico, para elaborar um projeto com soluções mais definitivas”, explicou Paulo Sérgio. Não foi definido um prazo para que as medidas sejam postas em prática. De acordo com a Defesa Civil Estadual, elas foram passadas para o coordenação municipal de Defesa Civil e para a Coordenadoria de Meio Ambiente em Vera Cruz. Após a elaboração do projeto, o município pode solicitar recursos, junto à Defesa Civil Nacional, para realizar ações mais caras, como retirar a areia do mar e retornar com ela para a praia; fazer recifes artificiais a 50 metros da faixa de areia; ou construir uma fileira de pedras em direção ao mar. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente acompanhou a vistoria da Defesa Civil. Biólogos constataram a destruição da vegetação rasteira da área. A Prefeitura de Vera Cruz informou que já deu entrada, junto à Secretaria de Patrimônio da União (SPU), responsável pela área, “para que possa estar ciente e de acordo com a intervenção para retirada de escombros do local. A administração lembra que a área é federal e que, pela legislação, é impedida de atuar em área de Marinha, sem a devida ciência, orientação e acompanhamento”.