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Atacante do Vitória diz que ficha ainda não caiu e fica impressionado com distância do meio-campo até o gol
Fernanda Varela
Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 14:01
- Atualizado há um ano
O dia seguinte ao golaço marcado do meio-campo tem sido especial para Denilson. Autor de um gol de placa no triunfo do Vitória por 3x0 contra o Bahia de Feira, no domingo (4), o atacante de 22 anos revive a todo instante aquele que considera um dos momentos mais emocionantes da sua carreira.
Cara a cara com o gol do Barradão, ele entende um pouco melhor o seu feito. "Olhando assim, de sangue frio, a gente vê como é longe, né? Na hora da adrenalina, com o sangue quente, a gente não tem essa noção", comentou Denilson nesta segunda (5), em um momento descontraído de bate-papo com a imprensa após o treino. E é mesmo. A distância do lugar de onde chutou até o gol é de cerca de 50 metros.
As resenhas começaram cedo. "Foi divertido. O pessoal do condomínio agradecendo pelo gol, as redes sociais com os torcedores dizendo que fiz o gol que nem Pelé fez, os jogadores também fizeram brincadeiras depois do gol. No meu primeiro treino, já tentei fazer uma jogada dessa com Caíque, e a bola passou. No outro treino também tentei e não consegui. Eles ficaram brincando: 'um dia sai'. Na estreia também tentei e não fui feliz. E ontem o cálculo foi na medida. Demorou, mas chegou", brincou o atleta. Difícil para ele foi contar tudo isso: "A perna está aqui tremendo. Sou tímido".
Apesar de tantos comentários, Denilson admite que, mesmo um dia após o golaço, a ficha ainda não caiu. "Eu fico emocionado. A ficha ainda não caiu porque é o gol que deu pé firme ao time, nessa oportunidade de fazer. Finalizei, a bola entrou e, graças a Deus, é um gol que vai ficar marcado", comentou.
Mãe 'vidente' O garoto, que foi apelidado pela torcida rubro-negra de Pernalonga logo na primeira vez que vestiu a camisa do Vitória, quando fez dois gols no jogo-treino contra o Atlântico, no Barradão, pode ainda não acreditar no que fez, mas conta com três pessoas especiais que vão fazer questão de falar sobre cada detalhe do dia 4 de fevereiro com ele.
O pai, também Denilson, a mãe, Rosane, e a irmã, Nathane, desembarcaram em Salvador no dia do jogo. Ligaram para Denilson e perguntaram se poderiam ir à partida. Com um espacinho garantido no Barradão, eles viram de perto a pintura do atacante.
"Minha família é pé quente, porque meus pais chegaram domingo a Salvador. Quando já era noite (de sábado), eles me mandaram mensagem perguntando se dava para ir ao jogo. Eu estava na concentração e falei que dava. Aí minha mãe comentou a jogada, no segundo tempo, com meu pai. 'Falta quanto para terminar o jogo? Dá tempo para ele fazer um gol ainda?'. Inclusive, perdi aquele gol que eu saí de cara com o goleiro, não fui feliz de fazer o gol. E aí eu tentei de novo, e ela disse 'ele vai fazer o dele'. Aí eu bati e fiz o gol. Todo mundo comemorou".