Depois de mais de um ano sem fazer show, Pitty retorna à Concha

“Vai ser emocionante para mim”, resume a cantora baiana que conversou por e-mail com o CORREIO durante férias no sul da Bahia

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  • Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2017 às 08:23

- Atualizado há um ano

Pitty está de volta aos palcos e Salvador não podia estar de fora desse retorno que tem um gosto especial. “Vai ser emocionante para mim”, resume. Afastada há um ano e meio dos shows por conta da gravidez e dos cuidados com a pequena Madalena, de 10 meses, a cantora baiana diz estar muito feliz com o convite para tocar na Concha Acústica, onde se apresenta domingo. “Casou com a minha vontade de só fazer coisas pontuais este ano”, comenta. (Foto: Divulgação)A carreira tem sido tocada aos poucos. Além do retorno aos palcos, fazendo shows “possíveis em termos de logística, de tempo”, ela também encarou, em março, o desafio de assumir o  time do Saia Justa, programa do canal GNT. “Aceitei porque gosto do programa e acho que tem a ver comigo... Eu gosto de conversar, de trocar ideias, acho que debater e dialogar é ferramenta essencial para o coletivo”, disse à época do lançamento.Curtindo uns dias de férias no Sul da Bahia, ela conversou  com o CORREIO por e-mail. Essa não é a primeira vez que Pitty traz Sete Vidas a Salvador. Já apresentou o trabalho no festival Rock Concha, em outubro de 2015. Na época, a Concha estava fechada para reformas e, por isso, o evento aconteceu no Clube Espanhol. “Tenho muitas lembranças de shows que fui e de shows que toquei. A primeira vez ali foi uma coisa muito forte, porque até então aquele palco era só pra banda grande. E quando pisei nele foi um marco importante pra minha carreira”, recorda. O fator saudade tem tornado os shows mais emotivos. Para ela, o retorno aos palcos em junho, no festival João Rock, em Ribeirão Preto, foi a prova disso. “É um festival gigante, mais de 50 mil pessoas e foi uma catarse enorme. Tinha uma coisa no ar, denso, palpável; eu estava tomada. E as pessoas também, então foi bem lindo”, conta. O repertório escolhido contempla  músicas do álbum mais recente, como Serpente, Boca Aberta e Pequena Morte,  além das antigas Me Adora, Admirável Chip Novo, Máscara e Semana que Vem. “Quando resolvi voltar mesmo nessa ‘entressafra’, achei que devia montar um show também emocional nesse sentido da memória afetiva das pessoas em relação ao meu trabalho. Hoje é massa que já dá pra fazer um show só de singles se quiser, com as músicas mais conhecidas mesmo. Mas também acho massa deixar um elemento surpresa no repertório e a cada show ir mudando”, diz.(Foto: Divulgação)Para Pitty, Sete Vidas  é o seu álbum mais bem-feito, tanto por conta da produção, quanto pelas composições.  “É um disco extremamente emocional, fruto de um período de transformação intensa, de morte e renascimento. Eu acho também que a gente vai aprendendo e se aprimorando como músico e compositor. A ideia é que cada disco seja mesmo melhor que o anterior”, comenta. E ela não esquece de creditar a boa fase aos companheiros de banda. No palco, estará  acompanhada pelos músicos Martin Mendonça (guitarra), Paulo Kishimoto (lap steel, moog e percussão), Gui Almeida (baixo) e Duda Machado (bateria). “É a melhor que já tive, apenas isso. Martin e Duda estão sempre em evolução como músicos, e Paulo e Guilherme trouxeram um peso, harmonia e riqueza sonora que não tinha antes”, considera.O show será aberto pela banda baiana Alquímea. Liderado pelo cantor e guitarrista Geo Benjamin, o grupo faz um pocket show do disco Flower Power e apresenta releituras de sucessos de Raul Seixas, Beto Guedes e Vanessa da Mata.Serviço: Concha Acústica do Teatro Castro Alves (Campo Grande). Domingo, às 19h. Ingresso: 100 |R$ 50  e  R$ 160 | R$ 80 (camarote).