Em nota, Mancini explica confusão com torcedor: 'Fui agredido'

Treinador do Leão dá sua versão sobre a discussão no aeroporto

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  • Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2018 às 17:50

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Maurícia da Matta/EC Vitória

O técnico Vagner Mancini se pronunciou sobre a discussão que teve com torcedores durante o desembarque da delegação do Vitória no aeroporto de Salvador, quinta-feira (17), após a derrota para o Sampaio Corrêa por 3x0.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o treinador aparece exaltado afirmando: "Eu boto quem eu quiser e você não tem nada a ver com isso". O torcedor havia reclamado da escalação do goleiro Caíque, que falhou em dois gols do time maranhense.

Em nota distribuída à imprensa nesta sexta (18), Mancini afirma que conversou pacificamente com o grupo de torcedores e só levantou a voz após ser agredido verbalmente por um deles.

"Me dirigi a eles e conversamos por cerca de 20 minutos. A conversa foi amistosa. Quando eu me preparava para sair, inclusive já tinha apertado a mão de todos, aquele mais exaltado começou a me agredir verbalmente - pela segunda vez. Logo no início da conversa ele já tinha feito isso. Ele exigiu que eu tirasse Caíque do time. Aumentei a voz e disse que quem escalava o time era eu e não ele", relata o treinador.

No comunicado, Mancini aproveita para lembrar a sua história dentro do clube e lamentou o episódio. Nesse domingo (20), o Vitória encara o Ceará, às 11h, no Barradão, pelo Campeonato Brasileiro.

Confira a nota na íntegra:

“Estava chegando em meu carro quando ouvi me chamarem, olhei para trás e vi um grupo de torcedores querendo falar comigo. Voltei cerca de 50 metros e atendi pacientemente os torcedores, como tem que ser. Um deles, inclusive, estava exaltado.

Me dirigi a eles e conversamos por cerca de 20 minutos. A conversa foi amistosa. Quando eu me preparava para sair, inclusive já tinha apertado a mão de todos, aquele mais exaltado começou a me agredir verbalmente - pela segunda vez. Logo no início da conversa ele já tinha feito isso. Ele exigiu que eu tirasse Caíque do time. Aumentei a voz e disse que quem escalava o time era eu e não ele.

Há um vídeo circulando nas redes sociais, editado. Apenas exibiram essa parte, ignorando a conversa que tive com o grupo educadamente.

Tenho 204 jogos pelo Vitória, dois títulos estaduais, um acesso à Série A. Sou o treinador que mais dirigiu o clube em seus 119 anos. Eu também sinto a dor que o torcedor sente. Retornei ao Vitória ano passado quando o clube estava virtualmente rebaixado à Série B. Esse sou eu, e essa é a minha história com o Vitória. Ontem me senti desrespeitado. Meu telefone vazou semana passada, recebi mais de 1.800 mensagens, inclusive com ameaças. Quero apenas respeito!

Trabalho duro, sou ser humano, acerto e erro, assim como qualquer um. Me preocupa onde vamos chegar com tanta intolerância. É lamentável um cidadão ser ofendido num aeroporto quando está voltando do trabalho.

Por meio desta nota, espero ter esclarecido imprensa e torcedores. 

Obrigado!"