Fiéis fazem caminhada para celebrar beatificação de Irmã Dulce

Após caminhada, missa foi celebrada para lembrar a beata

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  • Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2017 às 11:21

- Atualizado há um ano

Os fiéis a Irmã Dulce fizeram uma caminhada na manhã deste domingo (13) para celebrar a beatificação da baiana. A caminhada começou na Igreja do Bonfim e seguiu até o Santuário de Santo Antônio, no Largo de Roma, onde ficam as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). Logo após a caminhada, o arcebispo primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger celebrou a missa solene. Dona Gildete Brasil participa da caminhada há sete anos (Foto: Hilza Cordeiro/CORREIO) A aposentada Gildete Brasil, 68, acompanhou a caminhada em homenagem à beata trajando uma roupa especial. "Eu me vesti assim para pedir misericórdia a ela pelo nosso Brasil, que está num momento muito triste. Ela vai nos ajudar em nome de Jesus", pede ela, que teve o prazer de trabalhar com Irmã Dulce. "Eu fui indicada pelo padre José, de Massaranduba, pra fazer um estágio de auxiliar de enfermagem na geriatria das obras sociais e foi tudo muito impressionante pra mim", lembra Gildete.

O amor pela beata foi representado em tatuagem nas costas da autônoma Inaly Pires, 52, que também a conheceu. "Quando eu tinha 17 anos, trabalhei numa loja de tintas aqui no Largo de Roma. Meu patrão tinha prometido uns colchões a ela e ela foi lá cobrar. Eu ajudei ela e na hora de ir embora, ela me puxou num cantinho, segurou minha mão e agradeceu. Depois disso, alguma coisa aconteceu no meu coração", lembra. Hoje, 35 anos depois, ela ainda se emociona com a história de Irmã Dulce. "Basta ver que, mesmo ausente, ela continua fazendo e inspirando". Inaly Pires resolveu eternizar a fé à Irmã Dulce em tatuagem (Foto: Hilza Cordeiro/CORREIO)

Já no fim da caminhada, soltaram no céu um conjunto de balões em formato de um terço, que impressionou os presentes. Em seguida, o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, presidiu a celebração da missa solene. “Para nós, é um dia muito especial porque ela marcou profundamente não só a vida da cidade, mas do Brasil. Ela é uma santa no coração dos brasileiros e nós temos uma responsabilidade de manter viva não só a lembrança dela, mas a desta obra que ela nos deixou”, observou o arcebispo.

A data de 13 de agosto remete ao ano de 1933, quando Dulce ingressou no convento, em Sergipe. A comemoração deste ano coincidiu com o Dia dos Pais e a superintendente da Osid e sobrinha de Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, aproveitou para relembrar a relação da beata baiana com o pai, o dentista Augusto Pontes Lopes. “Ela teve um pai que sempre apoiou muito todo o trabalho dela e que trazia em sua alma a solidariedade. Então ela herdou isso do pai, essa vocação de se doar e de amar”, comentou.  A festa da religiosa foi a programação escolhida pelo vidraceiro Alberto Sena, 37, pai de duas crianças. “Nós gostamos de fazer esse roteiro, de ir ao Bonfim, e aproveitamos para vir passar aqui. A minha mãe e minha avó eram admiradoras de Irmã Dulce e, como pai, a história dela me inspira a transferir a fé para os meus filhos”, disse ele. 

A caminhada promovida pela Osid em parceria com o Rotary Club da Bahia teve como objetivo arrecadar recursos para a construção da 11ª sala de cirurgias. As pessoas que quiseram ajudar adquiriram a camisa do evento, comercializada no valor de R$30. De acordo com a instituição, a 11ª sala de cirurgia proporcionará a realização de pelo menos mais mil operações por ano, o que reduzirá a fila de espera pelos procedimentos, que já conta com mais de 10 mil pacientes oncológicos aguardando pelo serviço médico.

Programação  14h - Momento de louvor 15h - Adoração do Santíssimo 17h - Missa dos devotos