Fisioterapeuta acredita no autoconhecimento para lidar com problemas emocionais

Alan Dantas foi convidada da live Saúde & Bem-Estar do CORREIO

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  • Adele Robichez

Publicado em 8 de setembro de 2020 às 21:20

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Instagram

O autoconhecimento é uma importante ação para identificar e conseguir lidar com efeitos emocionais no corpo. É o que sugere o fisioterapeuta especialista em microfisioterapia Alan Dantas, do núcleo Fisioterapia Cuidar. Ele é também é especialista em quiropraxia, nova medicina germânica e posturologia e foi o convidado da live Saúde & Bem-Estar no Instagram do CORREIO, apresentada pelo jornalista Jorge Gauthier nesta terça feira (9). Assista completa abaixo.

É comum ouvirmos queixas como sensação de peso nas costas ou nos ombros. Problemas como estes podem ter causas emocionais e a microfisioterapia é uma saída para resolvê-los.“A microfisioterapia investiga a origem da queixa. O paciente é consultado sobre o que está acontecendo atualmente na sua vida para o fator presente que está gerando alguma reação ser descoberto”, explica Dantas. Esta forma de medicina trabalha em cima de informações latentes: “Algo que te remete a algo”, segundo o especialista. “O cérebro reconhece uma situação e dispara um comando por analogia. O paciente sofre influência daquele fator. Emocionalmente, às vezes não conseguimos gerir situações no ambiente de trabalho ou familiar”, diz. Dantas associa essas situações ao aumento de problemas cardíacos na pandemia, por exemplo. 

Por isso, é indicada ajuda profissional para ajudar o paciente a reconhecer o problema. “Pessoas podem ter registrado informações que podem ter sido impactantes em algum período da vida, e depois, mesmo que de forma diferente, uma situação semelhante pode desencadear a mesma reação já conhecida pelo cérebro”, informa.

Diferente da fisioterapia clássica, que trabalha com exercícios de recuperação apenas física, “a microfisioterapia envolve toques e conhecimentos mais sutis”, explica Dantas. “Por baixo da nossa pele, temos como se fosse uma ‘segunda pele’: tecidos que se juntam para manter a firmeza do corpo. O sistema da microfisioterapia é direcionado para esse tecido ‘micro facial’. É utilizada uma técnica de psicoterapia onde são associados toques sutis e conhecimento bio emocional. Existem padrões de alterações emocionais que se mostram nessa pele a partir de fatores relacionais”, fala.

O especialista afirma que “os pacientes que procuram a 'micro' normalmente são os que já estão cansados, que já tentaram séries de tratamentos e pessoas com dores que podem ser causadas por situações emocionais ou que procuram um tratamento mais profundo”. Dantas diz que, como a quiropraxia, a microfisioterapia entra em conceitos que identificam o problema no tecido: "A partir disso, trabalha para “suprimir o estímulo errado, que faz com que seu corpo não funcionem bem”.

O especialista disse ainda que é mais difícil de identificar dores causadas por fatores emocionais. “Enquanto a dor 'convencional' é correlacionada a fatores associados lógicos, a dor emocional, por mais que seja recorrente e possa ser causada também por fator físico, tende a surgir associada a fatores não tão facilmente reconhecíveis”.

Mas a microfisioterapia e qualquer outro tipo de ajuda médica não-convencional não funciona adequadamente se o paciente não olhar para si mesmo, de acordo com Dantas. “Os profissionais são facilitadores para melhorar algum problema. As pessoas precisam parar  um pouco para olhar para si”. Indica a adoção deste hábito para o problema poder ser realmente resolvido: “na microfisioterapia, geralmente o paciente se sente bem, se sente acolhido, mas as sessões não podem ser intermináveis porque ele tem que ter uma saída real que ele possa resolver ele mesmo”.

*Com orientação do chefe de reportagem Jorge Gauthier