Guia da Culinária Afro-Baiana tem lançamento em versão digital

Publicação traz receitas e histórias de 21 pratos da culinária baiana; lançamento acontece nesta quinta (8), às 20h, no Instagram

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  • Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2021 às 14:49

- Atualizado há um ano

Acontece nesta quinta (8), às 20h, o lançamento do Guia da Culinária Afro-baiana, que convida a todos interessados em gastronomia de azeite a embarcarem numa viagem repleta de sabores e saberes, onde o uso do azeite de dendê, do leite de coco, dos frutos do mar e da pimenta é a porta de entrada para um mundo vasto de iguarias da Bahia. O evento acontece no Instagram.

Em versão digital https://viagemcomdrdende.com.br/, o guia traz receitas e histórias de 21 pratos que mostram a pluralidade dos ingredientes e pratos da culinária baiana vivenciada na Baía de Todos-os-Santos, Salvador e o Recôncavo, como: moqueca, maniçoba, Sarapatel, efó, galinha ao molho pardo, bolinho de estudante e cocada. 

O Guia é composto por ilustrações dos pratos e seus ingredientes, mostrando como a contribuição afrodiaspórica inclui também técnicas de preparo, modificações de receitas e adequação do cardápio ritual das religiões de matriz africana. Segundo o ilustrador Davi Barreto, todos os desenhos criados para o guia têm cores e tons captados de fotos do próprio prato: "Descobri que a Bahia tem mais cores do que eu imaginava.”

Além dos principais pratos da culinária afro-baiana feitos com dendê, a publicação traz também os alimentos marcados pela ausência dele: os doces que não faltam nos tabuleiros das baianas de acarajé e as comidas feitas com vísceras, como sarapatel ou feijoada. Além disso, há o resgate de pratos que quase caíram no esquecimento e curiosidades sobre outras comidas que não saem da mesa do baiano.

Para o mestre em Cultura e Sociedade e doutorando em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA, Vagner Rocha, “Assim como a vida, a culinária baiana é dinâmica e se reinventa todos os dias, sempre que a dona de casa cria uma nova comida para aproveitar o almoço do dia anterior, todas as vezes que a cozinheira substitui o azeite de dendê pelo de oliva ou quando alguém resolve adaptar uma receita pelos motivos mais diversos.”

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.