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Vinicius Nascimento
Publicado em 22 de janeiro de 2023 às 14:46
- Atualizado há 2 anos
Entre as disrupções gramáticas promovidas pelo baianês nativo à língua portuguesa, existe um advérbio de intensidade composto por três palavras e que dá uma perfeita noção de grandeza quando empregada: "como a porra". Pois bem, valendo-se do supracitado, é possível definir o que aconteceu no Parque da Cidade durante a manhã deste domingo (22). Foi gente como a porra para assistir a dois shows bons como a porra. >
Bailinho de Quinta e Jau fizeram soteropolitanos e turistas saírem cedinho em direção ao Parque da Cidade, no Itaigara, para acompanhar a saideira do Festival do Parque. Ao longo do mês de janeiro, o espaço recebeu shows de Tomate, Filhos de Jorge, DH8 e uma série de intervenções artísticas e de lazer para ocupar um importante espaço que Salvador tem.>
Quem abriu o encerramento foi o Bailinho de Quinta, que levou versões carnavalescas para o seu repertório, bem diverso: de Frevo Mulher, música de Elba Ramalho; até Gato Preto, de Ney Matogrosso e Várias Queixas, do Olodum; o trio formado por Juliana Leite, Graco Vieira e Thiago Trad passeou pelo axé, frevo e marchinhas. >
“O clima esquentou! E a poeira subiu e o Bailinho de Quinta trouxe o clima de carnaval de marchinhas e novos hits com o melhor do carnaval para o Parque da Cidade”, comemorou Vinicyus Telles, empresário de 36 anos>
O shows foram tão disputados que a organização do evento precisou fechar os portões quando a lotação chegou a 4,5 mil pessoas. De acordo com a Guarda Civil Municipal, o espaço comporta um público de 5 mil. Porém, os portões foram fechados com uma lotação menor por segurança e conforto do público.>
Além disso, um telão foi instalado no gramado para transmitir os shows que aconteceram no anfiteatro do Parque. Também foram distribuídos abanadores para ajudar a enfrentar o calor que chegou a 32ºC em Salvador.>
O tempo ensolarado fez com que a comerciária Simone Correia ficasse seduzida a ir à praia - como faz em todos os domingos. Acompanhada por seus dois filhos, ela mudou a programação e foi ao Parque da Cidade por um motivo: o cantor Jau, que encerrou o Festival subindo ao palco pontualmente ao meio-dia.>
"Todo domingo levo as crianças para a praia. Mas sou louca pelo Bailinho e por Jau. Aí decidi trocar a praia pelo parque e amei", contou. >
"O Bailinho ama eventos aberto ao público, festas de largo, shows na rua, essa é a nossa essência, nada melhor do que tocar no Parque da Cidade para um público tão acolhedor. Sem duvidas foi um dos shows com maior número de público em nossa história!", diz Thiago Trad, baixista da Bailinho de Quinta. >
"O Bailinho nasceu do carnaval de rua, apesar de sermos uma banda de palco, a nossa referência são as charangas, os blocos de rua, precisamos ocupar mais os espaços públicos da cidade com música. Por isso, que fazemos questão de ocupar espaços como este e como o Pelourinho, o Comércio e o Santo Antônio", acrescenta.>
Com uma bata azul de mangas longas, devidamente dobradas por conta da quentura do dia, Jau cantou hits de sua carreira desde o tempo de Afrodisíaco e também passeou por releituras que compõem o repertório de sua carreira solo. O encerramento não podia ser de outro jeito: Calor, que tem um refrão misturando a alta temperatura com aquela loucura típica do carnaval. Aparentemente, a festa já começou, não é mesmo, cidade?>
Veja imagens:>
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Produtora executiva do evento, Márcia Mamede avaliou como positivos os 9 dias de atividade, ressaltando que dezenas de profissionais foram contratados e foi oferecida uma programação gratuita para famílias de baianos e turistas que puderam desfrutar do projeto, que teve apoio da prefeitura de Salvador e patrocínio da Claro, através do Fazcultura, Secretaria da Cultura do estado e Governo da Bahia.>