Mãe e filho mortos no Jardim das Margaridas: hipótese de envenenamento

Informações iniciais indicam que quem cometeu o crime no Jardim das Margaridas poderia estar no apartamento como visita

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 18:40

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução e Arisson Marinho/CORREIO

O caso da mãe e do filho, que foram encontrados mortos no apartamento de um condomínio do Jardim das Margaridas, às 22h30 desta quinta-feira (11), ainda é um mistério. Já em estado avançado de decomposição, os corpos da técnica em enfermagem Valdice Maria Cabral da Silva, 47 anos, e do seu filho, Gabriel Cabral da Silva, 5, segundo a polícia, pareciam estar ali desde a segunda-feira (8), quando foram vistos pela última vez pelos vizinhos, antes que notassem um mau cheiro vindo do apartamento. Familiares não viam os dois há dias e chegaram a enviar mensagem para Valdice, recebendo retorno do número da técnica em enfermangem.

Apesar de um cenário ainda incerto, a polícia trabalha com a possibilidade de que eles tenham sido mortos por alguém com permissão para estar no apartamento. O autor pode ter cometido o crime para roubar os bens de Valdice, sendo um deles o carro dela que não foi encontrado na garagem.

Moradores afirmaram que, a princípio, estranharam a ausência de Valdice e Gabriel, que sempre passavam juntos nas áreas comuns do prédio, e ficaram ainda mais preocupados com eles depois de notar o odor vindo do local. De acordo com a Polícia Civil, a família das vítimas foi ouvida e imagens de câmeras de segurança estão sendo coletadas para auxiliar nas apurações. A expectativa é que laudos dos exames realizados no Instituto Médico Legal (IMLNR) possam decifrar o que causou a morte dos dois.  Mãe e filho foram encontrados em estado avançado de decomposição (Foto: Reprodução/TV Bahia) Linha de investigação Um detalhe chamou a atenção da família e dos agentes que foram até o local: o carro de Valdice não estava na sua vaga na garagem. Como o apartamento estava sem sinais de arrombamento, é possível que o responsável pela morte dos dois já estivesse lá, como uma pessoa recebida por eles. O namorado de Valdice, que se relacionava com ela há um mês e teria livre acesso ao apartamento, não foi encontrado até agora por amigos e nem pela polícia.

De acordo com informações apuradas pela reportagem do CORREIO, é possível que as duas vítimas tenham sido envenenadas. Imagens das câmeras do condominío serão analisadas em investigação (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Detalhes sobre Valdice De acordo com a fala de alguns moradores do condomínio Canto Belo, que não quiseram se identificar, a técnica em enfermagem residia no local há cerca de oito meses e estava sempre acompanhada de seu filho, Gabriel. 

Em um decreto de nomeação publicado em 2013 pela Prefeitura de Salvador, consta que Valdice era técnica de enfermagem concursada do município e informações apuradas pela reportagem do CORREIO indicam que ela atuava na Unidade de Saúde da Família Aristides Pereira Maltez, em Itapuã. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi procurada para confirmação do vínculo empregatício, mas não deu retorno sobre isso até o fechamento desta reportagem.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro