Mayra Aguiar imobiliza coreana e conquista bronze no judô

A experiente gaúcha, de 29 anos, conquistou terceira medalha em Olimpíada

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  • Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2021 às 06:28

- Atualizado há um ano

. Crédito: Júlio César Guimarães/COB

Mayra Aguiar venceu a sul-coreana Hyunji Yoon e conquistou a medalha de bronze para o Brasil, na manhã desta quinta-feira (29). "Essa é a conquista mais importante pra mim. Esses últimos anos foram muito difíceis", disse a atleta depois da luta. Com essa medalha, Mayra se iguala à jogadora de vôlei Fofão, única mulher brasileira medalhista em três edições diferentes dos Jogos Olímpicos (bronze em Atlanta-1996 e Sydney-2000 e ouro em Pequim-2008).

Logo depois da vitória, a brasileira falou das dificuldades dos últimos meses, devido às cirurgias que teve que fazer."Não aguentava mais fazer cirurgia, ainda mais no momento que vivemos, tive medo, angústia. Mas continuei. Dar o nosso melhor vale a pena. Estou bem emocionada". Durante a madrugada, a experiente gaúcha, de 29 anos, estreou direto nas oitavas de final por ser uma das cabeças de chave da categoria até 78 kg. Com facilidade, superou a israelense Inbar Lanir por ippon em apenas 40 segundos. 

Nas quartas, teve pela frente a alemã Anna-Maria Wagner, que vive grande fase no circuito. Ela é a atual número três no ranking mundial, enquanto a brasileira é a 8ª. As duas fizeram duelo muito equilibrado e truncado, decidido apenas no golden score. Mayra levou duas punições por falta de combatividade e a alemã, uma. As duas exibiam pouca agressividade e quase nenhuma entrada relevante, numa disputa muito estudada. O maior duelo aconteceu nas pegadas. E, numa delas, a alemã foi mais feliz e obteve um waza-ari, o suficiente para encerrar a luta. Wagner, de 25 anos, é a atual campeã mundial da categoria. Levou o ouro no Mundial de Budapeste, às vésperas da Olimpíada. Neste ano, venceu também os Grand Slams de Tel Aviv e Kazan. Por isso, despontava como grande favorita ao ouro também em Tóquio. Mayra, por sua vez, vinha de contexto menos favorável. Em novembro, precisou operar o joelho esquerdo para corrigir uma lesão no ligamento cruzado anterior. Ficou nove meses sem competir. Voltou no Mundial de Budapeste, quando foi eliminada ainda nas oitavas de final. Apesar disso, ela apostava na sua grande experiência para tentar sua primeira final olímpica. Em sua quarta participação nos Jogos, ela vem de duas medalhas de bronze, em Londres-2012 e no Rio-2016, sem nunca alcançar a decisão. Em Tóquio, a bicampeão mundial não atingiu este objetivo.