Na 'final antecipada' da Copa, EUA batem anfitriãs da França

Megan Rapinoe brilha com dois gols

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  • Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2019 às 18:01

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fifa.com / Getty Images

O confronto entre a França, dona da casa, e os Estados Unidos, tricampeãs do mundo, pelas quartas de final, era tratado como uma 'final antecipada' da Copa do Mundo feminina de 2019. E, de fato, o duelo teve este nível.

Num jogo emocionante, especialmente nos minutos finais, as estadunidenses venceram as francesas por 2x1, nesta sexta-feira (28), no Parque dos Príncipes, em Paris, e garantiram vaga na semifinal.

A França havia eliminado a Seleção Brasileira nas oitavas de final. O destaque do jogo foi a atacante Megan Rapinoe, que marcou os dois gols da vitória. A veterana de 33 anos, capitã da equipe, atuou sem a braçadeira depois de se envolver em polêmicas com o presidente Donald Trump.

É a oitava vez, em oito edições, que o time norte-americano fica pelo menos entre as quatro primeiras seleções. A equipe soma três títulos, o mais recente na última edição da Copa em 2015, no Canadá. O adversário norte-americano, terça-feira (2), em Lyon, às 16h (horário de Brasília), será a Inglaterra.

Os outros dois classificados às semifinais serão definidos no sábado (29) com os confrontos Itália x Holanda e Alemanha x Suécia. Os vencedores destes duelos vão medir forças por uma das vagas na decisão.

O jogo começou em ritmo alucinante, com as duas equipes procurando o gol de forma insistente, com muita velocidade e força. Com menos de um minuto, a incansável Julie Ertz obrigou a goleira francesa Bouhaddi a fazer boa defesa. Aos 4, Rapinoe bateu falta pela esquerda. Com muitas jogadoras pela frente, Bouhaddi não viu a bola: 1 a 0, Estados Unidos.

Empurrada por 45.595 torcedores, a seleção francesa foi em busca do empate, liderada por Le Sommer e Henry. As norte-americanas não se intimidaram e tiveram chance de ampliar com Alex Morgan e Rapinoe, mas Bouhaddi demonstrou segurança.

As equipes diminuíram o ritmo a partir dos 30 minutos. O destaque passou a ser o duelo entre a atacante Diani e a lateral-esquerda Dunn. A americana ainda teve fôlego para arriscar um chute de longa distância, aos 43 minutos, enquanto a francesa teve a chance do empate, mas errou a cabeçada, aos 45 minutos. Mewis, no último lance da primeira etapa, ainda forçou Bouhaddi a fazer mais uma defesa.

Os Estados Unidos voltaram com tudo para a segunda etapa. Antes do primeiro minuto, Mewis chutou da entrada da área, e Bouhaddi se esticou toda para espalmar. Heath aproveitou o rebote, mas a goleira francesa fez nova defesa.

No escanteio batido por Mewis, a zaga rebateu mal e Morgan bateu na zaga. Rapinoe cobrou escanteio da esquerda, fechado. Confusão na pequena área e Dunn quase conseguiu finalizar.

A França reagiu e pressionou muito. Le Sommer, Gauvin e Diani tiveram oportunidades, mas não aproveitaram. E o castigo veio no contra-ataque. Morgan lançou Heath pela direita e o cruzamento encontrou Rapinoe, livre, para fazer 2 a 0. A meia fez seu quinto gol na competição. Heath chegou a fazer o terceiro, mas estava em impedimento.

Parecia que a vaga estava definida, mas a grandalhona Renard aproveitou falha total da zaga norte-americana para diminuir, de cabeça, após cobrança de falta pela esquerda: 2 a 1.

O jogo pegou fogo. Os Estados Unidos se encolheram, diante da pressão imensa das francesas e do público no Parque dos Príncipes. Aos 40, a França reclamou pênalti de O'Hara, mas a árbitra não deu.

Nervosa, a França errou passes no fim do jogo, enquanto os Estados Unidos abusaram da posse de bola e souberam gastar o tempo para ratificar a condição de favorita ao título.