Nova série do GNT mostra lutas feministas

#OFuturoÉFeminino é uma produção da BASE#1

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  • Da Redação

Publicado em 6 de março de 2019 às 14:36

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: divulgação

Três jornalistas Claudia Alves, Fernanda Prestes e Bárbara Bárcia fazem registro histórico das lutas feministas em diferentes lugares do mundo em nova série que estreia nesta quarta-feira (6), às 23h30, no GNT.  #OFuturoÉFeminino é uma produção da BASE#1, que conta com uma série de entrevistas distribuídas ao longo de cinco episódios, mulheres ativistas na Islândia, no Paquistão e no Brasil para investigar o lugar ocupado por elas nessas sociedades. Os países foram escolhidos com base no ranking de igualdade de gênero, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial.“Esse trabalho documenta o atual momento do feminismo no Brasil e em outros lugares do mundo, que vive hoje o que se chama de ‘Primavera das Mulheres’”, explica Fernanda Prestes.Entre as pautas abordadas, as jornalistas investigam como é ser mulher no mundo e a importância de se falar sobre feminicídio, casamento infantil, diferença salarial, abuso sexual, entre outros assuntos urgentes e apontam o feminismo é chave principal do processo de luta pela igualdade de gênero e tema principal da série.

Segundo o último relatório, ainda serão necessários mais de 100 anos para que a igualdade de gênero seja alcançada no mundo. “Acreditamos que, ao registrar e exibir nossos encontros com mulheres engajadas em causas feministas, podemos potencializar e conscientizar outras mulheres ao redor do globo. Empatia e identificação geram evolução”, avalia Claudia Alves.

Na Islândia, que está em primeiro lugar no ranking há dez anos, as jornalistas conversam com Vigdis Finnbogadottir, primeira mulher eleita presidente democraticamente no mundo, que participou da paralisação das mulheres de 1975; Katrín Jakobsdóttir, atual Primeira Ministra do país; Maríanna Traustadóttir, membro do Comitê de criação da lei Equal Pay Act, que tornou ilegal o pagamento desigual entre gêneros quando a função e tempo de trabalho são os mesmos; e visitam uma escola Hjalli, um método educacional que trabalha a questão de gênero com as crianças desde a base.

No Paquistão, país que está em penúltimo no ranking de igualdade de gênero, as jornalistas trazem temas como religião, assédio e liberdade de expressão. A viagem pelas cidades cosmopolitas até os lugares mais conservadores do país proporcionou encontros com diferentes mulheres, como a duas vezes ganhadora do Oscar Sharmeen Obaid, cujos filmes denunciam a violência contra a mulher paquistanesa; Tabassum Adnan, única a formar um conselho local para atender mulheres; e Afyia Zia, pesquisadora que faz uma reflexão sobre o papel da religião na vida das mulheres em um país islâmico.

Por fim, no Brasil, que caiu cinco posições no último ano, as jornalistas conversam com a promotora de justiça Gabriela Mansur, militante pelas mulheres vítimas de violência e uma das responsáveis pelas oitivas do caso João de Deus; a ex-Pantera Negra Angela Davis, ícone internacional do feminismo negro e Monique Evelle, jovem baiana que dialoga com a nova geração ativista no país.