Obras hiper-realistas de Giovani Caramello são expostas na Caixa Cultural

Um dos destaques é Nikutai, com impressionantes 2,5 metros de altura

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  • Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2019 às 13:40

- Atualizado há um ano

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A Caixa Cultural Salvador recebe entre os dias 20 de novembro e 26 de janeiro a exposição inédita Hiper-realismo no Brasil, do paulista Giovani Caramello. Reconhecido internacionalmente, o artista começou nas artes visuais de forma autodidata. Aos 28 anos, dedica pelo menos oito deles à escultura.

Em Salvador, ele expõe 10 obras, entre esculturas e maquetes - em silicone, resina e terracota - que reproduzem, com impressionante precisão de detalhes, figuras humanas altamente expressivas. A exposição terá visitação gratuita de terças-feiras a domingos, das 9h às 18h.

Além de primeira exposição individual da carreira do artista, essa será a primeira vez que seus trabalhos chegam ao Nordeste.“Expor fora do eixo Rio – São Paulo é o que mais me motiva nessa exposição. Minhas obras circulam por várias cidades, mas em coleções privadas, por isso não ficam acessíveis ao público em geral, e pra mim também será novidade vê-las todas reunidas e disponíveis”, destaca Caramello.

Todas as obras expostas na Caixa Cultural pertencem a coleções particulares e serão especialmente reunidas para essa mostra, que conta com curadoria e projeto expográfico assinados por Thomaz Pacheco, da OMA Galeria, de São Paulo. (Foto: Divulgação) Entre os trabalhos expostos, destaque para a obra ‘Nikutai’, com impressionantes 2,5 metros de altura, e ‘Sozinho’, primeira escultura da carreira do artista, uma criança franzina de expressão triste, com sardas e olhos verdes, que veste uma capa do Batman.  Em seu trabalho,  Caramello busca traduzir questões relacionadas à efemeridade do tempo e propõe uma reflexão sobre o conceito de que tudo um dia cessa, chega ao fim.

“O visitante vai poder, além de se impressionar com o realismo das esculturas, perceber a poética do artista. O trabalho de Giovani tem uma poética bastante literal para o público. As pessoas conseguem perceber o que cada obra está sentindo e sentir junto com elas, é muito bonito ver a reação e os testemunhos das pessoas diante das esculturas”, ressalta o curador Thomaz Pacheco. Em uma das salas, o público poderá acompanhar um pouco do processo criativo do artista por meio de maquetes ainda em plastilina, espécie de massa de modelar utilizada em seus esboços.