Perdendo cabelo? Veja truques e procedimentos para não ficar careca

Tratamentos para a calvície custam a partir de R$ 20

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  • Rafaela Fleur

Publicado em 4 de setembro de 2018 às 15:08

- Atualizado há um ano

. Crédito: Shutterstuck/Reprodução

Cortar o cabelo com frequência, usar chapéu, evitar passar escova muitas vezes. As recomendações populares para prevenir a alopécia androgenética, mais conhecida como calvície, são muitas. Porém, nada disso funciona: segundo os especialistas, não dá para prevenir. É possível apenas tratar ou, em alguns casos, retardar o processo.

‘Não tem como prevenir já que é uma herança genética. O nosso maior desafio na dermatologia é detectar os casos precocemente. Dessa forma, conseguimos evitar a progressão da doença, com diagnóstico correto e tratamento precoce”, explica Viviane Boccanera, dermatologista e especialista em tricologia - ramo da medicina que trata dos cabelos e pêlos.  

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Como ela surge? A forma mais comum, como explicou Viviane, é a alopécia androgenética, que possui fatores hormonais e hereditários. O processo é lento, contínuo e começa cedo.

Portanto, é fundamental que pessoas com pais calvos fiquem atentas desde jovens. “A história familiar de pais, irmãos e filhos calvos é muito importante na investigação do paciente. Além disso, destaca-se o papel dos hormônios andrógenos, já bem estabelecidos como causa da calvície masculina”, comenta a médica.           

Os primeiros sinais são as famosas ‘entradas’, espécie de vazio capilar nas laterais da cabeça. Vale lembrar que elas são normais nos homens e  só se configuram como sinal de calvície quando ficam mais acentuadas. Na sequência, ocorre a perda no topo da cabeça, chamado de vértex, e na região mediana, preservando o cabelo da área occipital, mais próxima ao pescoço. As entradas são o primeiro sinal de calvície (Foto: Shutterstock/Reprodução) Essas manifestações iniciais podem surgir por volta dos 18 anos, em casos precoces. Mas, normalmente, é aos 30 que os indícios ficam mais evidentes. E não se engane: apesar de ser muito mais comum nos homens, a condição também atinge mulheres. 

Segundo o dermatologista Osmilto Brandão, estatisticamente, são cerca de cinco homens para uma mulher. Além do fator androgenético, a calvície também pode aparecer como consequência de diversas outras circunstâncias.

“A dermatite seborreica colabora para a calvície. Tem também o eflúvio, que ocorre por fator emocional, no qual o cabelo cai depois de uma experiência estressante.  Processos químicos como relaxamentos, por exemplo, também podem causar queda”, pontua o médico.

Essas outras condições, muitas vezes, são transitórias. E, com o tratamento adequado, somem. “Essa queda passageira de cabelo pode acontecer por vários motivos. Estresse, dieta restritiva e perda de peso são alguns”, explica Iara Lemos, dermatologista.Os tratamentos Existem inúmeras formas de tratar a alopécia, porém, quando ela se desenvolve completamente e há uma perda total dos fios, não tem jeito: o quadro é irreversível.

“Pra careca, só peruca. Se o folículo morreu, não tem como. Não existe tratamento. São mentirosos esses produtos que dizem que vão fazer o cabelo renascer”, alerta Osmilto. “O que existe para esses casos são maquiagens, fibras naturais que funcionam como uma tinta. Isso ajuda a diminuir a sensação de couro cabeludo aparente, mas é apenas uma pintura”, completa Iara.

Porém, se você ainda não é careca, saiba que, sim, existem tratamentos. Os principais são à base de laser e precisam, em média, de 10 sessões para trazer resultados satisfatórios. Há também medicações tópicas, que podem ser compradas em farmácias ou manipuladas em laboratórios. 

O BAZAR conversou com os especialistas e listou os procedimentos mais famosos. Confira!

Endymed Tecnologia robótica que consiste no microagulhamento do couro cabeludo. A aplicação do Endymed é totalmente ajustável e personalizada, o que faz com que o tratamento seja 100% uniforme e extremamente eficaz. É o que existe de mais avançado.  Em média, R$ 700 por sessão.

Microagulhamento Utiliza um rolo ou uma caneta com múltiplas agulhas para realizar microperfurações no couro cabeludo. Alguns médicos optam por introduzir algum remédio neste momento, aproveitando os orifícios abertos no procedimento. Esse tipo de técnica é chamada de drug-delivery. Uma sessão custa, em média, entre R$ 400 e R$ 600. Com o drug-delivery, fica em torno de R$ 700.

Erbium Glass Utiliza o laser fraxel (fracionado). Promove microperfurações no couro cabeludo, provoca calor e vasodilatação. Custa em torno de R$ 400. Também pode ser combinado com o drug-delivery. O valor sobe para cerca de R$ 550.

Laser díodo Laser de baixa intensidade. Estimula o nascimento de novos fios através da melhora da oxigenação e nutre o bulbo capilar, local onde o fio nasce. Entre R$ 400 e R$ 600, em média. 

Tricoscopia digital Técnica de diagnóstico do fio. Método simples e não invasivo, pode ser usado como ferramenta para diagnosticar especificidades nos distúrbios capilares. Custa entre R$ 80 e R$ 150.

Mesoterapia capilar (MMP) Técnica de aplicação de medicamentos na pele através de injeções. Processo semelhante ao  erbium glass, porém, não tão eficiente. Custa, em média, R$ 400.

Minoxidil Medicamento de uso tópico com poder vasodilatador. A substância serve para estimular o crescimento dos pelos e fortalecer fios frágeis. Além de ser usado no tratamento da alopécia, ajuda no crescimento da barba. Custa entre R$ 60 e R$ 120. 

Finasterida Medicamento de uso tópico indicado apenas para  homens. Segundo os especialistas, existe o mito de que a substância causa impotência sexual, mas a informação é falsa. Custa, em média, entre R$ 20 e R$ 50.

Tonalizantes Cosméticos em formato de spray com o objetivo de disfarçar os vazios no couro cabeludo. Saem com água. Custam, em média, entre R$ 50 e R$ 100.

*Com orientação do editor Victor Villarpando  Siga o Bazar nas redes sociais e saiba das novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração e pets: