Produção industrial da Bahia cai em setembro; carros estão em alta

Setor acumula perdas desde junho de 2016, diz IBGE

  • D
  • Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2017 às 09:58

- Atualizado há um ano

Em setembro, a produção industrial da Bahia, descontados os efeitos sazonais, teve queda de 1,1% frente a agosto, após ter registrado duas expansões consecutivas. A indústria baiana teve resultado pior que a média nacional (0,2%) e acompanhou as retrações registradas em outras 7 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE.

Espírito Santo (-3,0%), Pernambuco (-2,5%) e Região Nordeste (-2,0%) tiveram as maiores quedas. Por outro lado, seis regiões apresentaram expansão na produção industrial frente a agosto, com destaque para Rio de Janeiro (8,7%), Goiás (2,1%) e Pará (2,0%).

Na comparação com setembro de 2016, a produção industrial baiana registrou expansão (4,7%), mostrando o terceiro resultado positivo consecutivo nessa comparação. Foi o melhor desempenho da produção industrial baiana para um mês de setembro desde 2013 (7,8%), e superou a média nacional (2,6%). 

Comparado ao mesmo mês de 2016, a indústria teve resultados positivos em 10 das 15 regiões investigadas. Pará (13,2%), Rio de Janeiro (11,3%) e Paraná (8,9%) tiveram os aumentos mais intensos, enquanto Rio Grande do Sul (-5,0%), Pernambuco (-4,1%) e Espírito Santo (-2,7%) mostraram as quedas mais profundas.

Ainda nas comparações com o mesmo período do ano anterior, no terceiro trimestre de 2017, a produção industrial baiana voltou a crescer (5,6%) depois de cinco quedas consecutivas - desde o segundo trimestre de 2016, os resultados eram negativos.

O crescimento da indústria na Bahia, no terceiro trimestre, superou a média nacional (3,1%) e mostrou o maior aumento no ritmo de produção, em relação ao segundo trimestre (de -6,3% para 5,6%) dentre as 15 áreas investigadas.

Apesar dos recentes resultados positivos frente a 2016, a produção industrial baiana ainda segue em queda no acumulado no ano de 2017 (-2,9%), embora venha mostrando também uma desaceleração sistemática no ritmo de recuo (que havia sido de -3,9% em agosto). 

Nessa comparação, a indústria no estado acumula perdas desde junho de 2016 e ainda tem o pior resultado dentre as regiões pesquisadas, bem abaixo da média nacional (+1,6%). No acumulado em 2017, a indústria cai em 3 das 15 áreas investigadas. Além da Bahia, as variações são negativas na região Nordeste como um todo (-0,9%) e em Pernambuco (-0,1%). 

Considerando-se os 12 meses encerrados em setembro, a indústria baiana acumula queda de –4,1%, também a mais intensa dentre as regiões e um resultado bem pior que a média nacional, que já é uma variação positiva (0,1%). Entretanto, também nesse indicador houve desaceleração da queda em relação ao acumulado até agosto (-5,1%).

Na comparação setembro de 2017/setembro de 2016, o crescimento de 4,7% da produção industrial da Bahia foi resultado do desempenho positivo de 7 das 12 atividades pesquisadas no estado.

Automóveis em alta A contribuição positiva mais importante veio, mais uma vez, do setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, que cresceu expressivos 30,7%, impulsionado, principalmente, pela maior produção de automóveis. A produção de veículos cresce há três meses consecutivos na Bahia e já acumula expansão de 19,2% neste ano.

Em setembro, vale citar ainda os avanços da metalurgia (19,7%), do setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,8%) e da indústria extrativa (14,1%). Por outro lado, a principal influência negativa para a produção industrial baiana no mês veio da atividade de outros produtos químicos (-7,2%).

No acumulado de janeiro a setembro de 2017 (-2,9%), 7 das 12 atividades da indústria investigadas na Bahia estão em queda. As influências negativas mais importantes seguem vindo dos setores de metalurgia (-30,5%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,9%), enquanto a produção de veículos (19,2%) se mantém como principal impacto positivo.