Prove grátis cachaças baianas tipo exportação até domingo

Rota da Cachaça promove degustação gratuita e vende garrafas de bebidas premiadas a partir de R$ 30; evento faz parte da Fenagro, que acontece no Parque de Exposições até domingo (3)

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  • Rafaela Fleur

Publicado em 29 de novembro de 2017 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Rota da Cachaça/Divulgação

Além dos internacionalmente premiados cacau de Ilhéus e café da Chapada Diamantina, a Bahia também exporta para o mundo outra iguaria: a cachaça. Quem quiser provar - gratuitamente - 18 das melhores opções da bebida fabricadas artesanalmente pelo interior do estado, vai fazer a festa na Rota da Cachaça, que acontece na 30° Feira Internacional da Agropecuária (FENAGRO), que vai até o próximo domingo, dia 3, no Parque de Exposições (Paralela). “Queremos mostrar que aqui tem cachaça competitiva, de preço bom e de qualidade”, declara a organizadora do evento, Vânia Medeiros. Produzida em Ilhéus, a cachaça Rio do Engenho é envelhecida em castanheira por 2 anos (Rota da Cachaça/Divulgação)  Com 22 produtores, a ideia é ir além da bebida em si. “Vamos divulgar a cadeia produtiva, desde a preparação até os rótulos das embalagens”, explica Vânia. Em uma cidade cenográfica, foram projetadas pequenas casas e cada espaço representa um alambique, nome dado às fábricas que produzem aguardente. O público poderá conversar com os fabricantes e entender mais dos processos de preparação. Para quem quiser comprar, os preços variam de R$30 a R$50 a garrafa.

As cachaças

Dentre os 18 rótulos que estão participando do evento, cinco são exportados para Europa e Ásia. Juntas, Rio do Engenho, Limoeiro, Serra das Almas, Abaíra e Matriarca, exportaram mais de mil litros só no ano passado. Segundo o levantamento feito pela equipe da Rota, são cerca de 500 cachaças diferentes produzidas na Bahia. Dentre elas, apenas 25 são registradas. “Queremos os produtores saiam da clandestinidade, ganhem visibilidade, criem suas empresas e cresçam profissionalmente”, garante Vânia. Tipo exportação: a cachaça Matriarca é vendida para Europa e Ásia (Rota da Cachaça/ Divulgação) Com mais de 200 anos, a Abaíra vem da cidade de mesmo nome, na Chapada Diamantina e é comercializada para outros estados do Brasil, como Minas Gerais e Rio de Janeiro. No final de 2016, recebeu do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) o selo de Indicação Geográfica (IG), que qualifica a aguardente como patrimônio da região. “Foi a primeira premiação desse tipo na Bahia. Nossa cachaça é considerada uma das melhores do país”, relata o produtor Nelson Pereira, 59, que está participando da Rota.

Também da Chapada, a cachaça Limoeiro é feita a partir da cana de açúcar e envelhecida na madeira umburana. “A cana é colhida de forma natural, manualmente, sem o uso de máquinas. Isso faz diferença, o sabor fica mais suave”, conta Ricardo Macedo, fabricante da bebida que é herança familiar. “Começou em 1912. A produção foi passando de pai para filho. Só a nossa terra proporciona esse sabor”, completa.

O objetivo da Rota para o ano que vem é ultrapassar os limites de Salvador. “Queremos ir a pelo menos oito municípios do estado, como Vitória da Conquista, Ilhéus, Barreiras, Porto Seguro, Rio de Contas e Luís Eduardo Magalhaes”, enumera.

ServiçoOnde: FENAGRO, Parque de Exposições (Av. Luis Viana Filho, 405 - Itapuã)Funcionamento: 8h às 22h, até domingo (3)Preço: R$10 inteira / R$5 meia e gratuidade para idosos e crianças até 8 anos