QuantA promove bate-papo gratuito sobre feminismo nesta quarta (20); participe

Evento será às 18h, na Livraria Cultura do Salvador Shopping

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  • Fernanda Varela

Publicado em 18 de março de 2019 às 09:24

- Atualizado há um ano

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Pela primeira vez, a QuantA, coluna de Flavia Azevedo, sairá do papel. Quarta-feira, às 18h, o CORREIO promoverá o evento Mulheres de 40 - Baianas Retadas e o Universo da Representatividade Feminina, que será gratuito e acontecerá no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Salvador Shopping.

O encontro reunirá importantes figuras femininas da capital baiana. Além da colunista, que mediará o bate-papo, participarão do encontro a advogada Mariana Régis, especializada em Direito da Família e fundadora da Rede Nacional de Advogadas Familistas Feministas e mediadora de conflitos; a turismóloga e baiana de acarajé Elaine Michele Assis Cruz, filha de Dinha do Acarajé; a major Denice Santiago, idealizadora e comandante da Ronda Maria da Penha na Polícia Militar da Bahia; e a terapeuta tântrica Satta Prem.

Mediadora do diálogo, Flavia Azevedo conta que realizar o evento é um desejo antigo e que será a oportunidade de estreitar laços com os leitores. “Temos leitoras com diferentes perfis. São negras, brancas, magras, gordas, periféricas e não periféricas, é diversidade. Então, acabou gerando muitas conversas e enredos paralelos. Deu vontade de que isso virasse uma conversa ao vivo”, conta a josnalista. Flavia Azevedo vai ser a mediadora do debate que acontece no Teatro Eva Herz (Foto: Acervo Pessoal) A colunista lembra que, embora a maioria do seu público seja composta por mulheres, os homens também são bem-vindos no evento. “Não é uma mesa formal. Vai ser um grande encontro de amigas. E os homens também podem e devem participar. Eles são parte importante nessa luta”, completa.

Inscrições gratuitas Para garantir presença no evento, que é gratuito, basta acessar o link e preencher um formulário. Serão, ao todo, 204 vagas abertas ao público.

Um dos temas que serão tratados na roda de conversa será a violência contra a mulher. “O feminicídio é uma tragédia anunciada e nós precisamos estar atentas. Ao falar em representatividade feminina, quero relatar a minha trajetória na PM-BA como componente da primeira turma até a criação e consolidação da ronda Maria da Penha”, explica Denice Santiago.

Outros assuntos como prazer feminino, direito feminista e empreendedorismo estarão em pauta. Mariana Régis será responsável por temas como divisão de tarefas domésticas, como as mulheres lidam com divórcio e de que forma são tratadas pelo Judiciário quando escolhem se separar. “É fundamental que nós, mulheres, estejamos reunidas, não apenas para falar sobre feminismo, mas sobre vivências que atravessam nossas vidas. Vamos trazer relatos pessoais, mas com dimensão coletiva”, diz.

Empreendedorismo Elaine Michele Assis tratará de empreendedorismo feminino. Ela é filha de uma das mais famosas baianas de acarajé, Dinha, que morreu em 2008. “Quero contar toda a trajetória dos 75 anos do nosso ponto de acarajé, no Rio Vermelho, que é um tabuleiro passado de geração para geração, desde a minha bisavó. Eu tenho graduação em turismo e pós, mas gosto de ser conhecida como baiana de acarajé. Tenho muito orgulho da minha profissão, conhecida mundialmente e tocada predominantemente por mulheres”, salienta.

A noite também terá uma discussão sobre sexo, mediada por Satta Prem. “Cuidar da nossa sexualidade em uma sociedade tão repressora e machista é uma forma de romper esse ciclo de dependência do outro e de desconexão com o nosso corpo. Sinto que este encontro será de riquíssimas trocas. Espero contribuir com as que escolherem estar conosco na noite do dia 20”, afirma.

Realizado pelo CORREIO, o Mulheres de 40 tem oferecimento do Bradesco, patrocínio do Hapvida e apoio de Vinci Airports, Sesi, Salvador Shopping, Unijorge, Claro, Itaipava Arena Fonte Nova, Sebrae e Santa Casa da Bahia.

Evento terá desfile sobre representatividade feminina O encontro Mulheres de 40, que faz parte dos eventos comemorativos do aniversário de 40 anos do CORREIO, também terá o desfile Representatividade Feminina nas décadas de 70, 80 e 90, sob a curadoria da editora de Conteúdo de Projetos do CORREIO, a jornalista Gabriela Cruz, e assinado pelo produtor de moda, aderecista e estilista Fagner Bispo que, desde 2015, faz o Afro Fashion Day, outro projeto da empresa de comunicação.

Para Gabriela, o desfile fará homenagens a momentos importantes para a história da mulher na sociedade. 

“O CORREIO está fazendo 40 anos, então, decidimos visitar essas últimas quatro décadas, principalmente nos anos 70, 80 e 90, que foram os que trouxeram grandes mudanças no comportamento feminino. Os anos 70 com o movimento Black Power, a Tropicália e a Era Disco, os anos 80 a gente traz o flúor e mostra como a mulher masculinizou seu jeito de vestir para ganhar espaço no mercado de trabalho, enquanto os anos 90 tem o Minimalismo, o Grunge, a Logomania, que é usar a marca bem grandona na roupa”, conta ela.“As peças do desfile são das novas coleções. Vamos trazer estas décadas só que em um contexto contemporâneo, fincado nos dias atuais”, explica o produtor de moda Fagner Bispo.Gerente de marketing, projetos e mídias digitais do CORREIO, Fábio Góes diz que é de fundamental importância que o jornal debata assuntos como o feminismo. “Esse evento tem o propósito de reunir mulheres para que se fortaleçam como cidadãs, para fazer com que a sociedade reconheça cada vez mais o papel da mulher e que tenhamos, cada vez mais, uma sociedade justa e igualitária. O papel do CORREIO é promover esse debate e estar próximo da sua leitora, colocando luz em questões essenciais para que a gente desenvolva como sociedade”, explica.

Marta Sousa, coordenadora de marketing do CORREIO, acredita que o jornal tem obrigação de prestar esse serviço social ao seu leitor. “O CORREIO, enquanto jornal, não pode se isentar do seu papel social. Principalmente, sabendo que a maioria de nossos leitores e de nossos funcionários, é de mulheres. Temos que nos reconhecer como fortes”, endossa.