'Relacionamento mais abusivo de todos', diz Marília Mendonça sobre cigarro

Depois de parar de fumar, cantora comparou o hábito a um marido "que no começo é amoroso, até destruir sua vida"

  • D
  • Da Redação

Publicado em 12 de março de 2019 às 11:30

- Atualizado há um ano

A cantora Marília Mendonça fez um textão, na noite desta segunda-feira (11), para compartilhar a "relação abusiva" que tinha com o cigarro. "Romantizei por muito tempo essa relação. O costume é nocivo demais quando confundido com amor, com bem-estar", declarou a artista de 23 anos na plataforma de publicação de blog Medium, sobre sua dificuldade de fumar.

Depois de fazer exames e ver suas taxas alteradas, a cantora decidiu mudar os hábitos para ter mais qualidade de vida. Sobre a relação que considerou a "mais abusiva de todas", comparou à de um marido. "Pense nele como hoje eu consigo pensar: um marido que no começo é muito amoroso, bonzinho, confortável, acalentador, mas começa a te agredir devagar até destruir sua vida por completo", desabafou.

No texto, Marília conta, ainda, que marcou uma data para se livrar do vício: 2 de janeiro de 2019. "Foram tantos 7 minutos que sobraram (o tempo que eu gastava pra fumar um cigarro), que formaram horas", narrou. "Hoje eu sou bem mais feliz", garantiu a cantora, orgulhosa da decisão. "Tudo que é decidido com firmeza é mais duradouro", reforçou.

Em entrevista à revista Quem, em janeiro, Marília contou que tinha completado um mês sem fumar. "Ninguém sabe ainda, mas acho importante eu falar, para incentivar outras pessoas a cuidarem mais da sua saúde. Tem sido um sacríficio, mas eu já sinto uma diferença enorme no meu fôlego nos shows. Acho que como uma pessoa pública, tudo que eu puder falar para fazer bem ao próximo, dar bom exemplo, eu devo compartilhar", justificou a cantora.

Leia o depoimento completo:

"Senta. Levanta. Bebe água. Anda de um lado pro outro. Senta. Masca um chiclete. Levanta. Essa foi a minha rotina por muitos dias, depois de me livrar do relacionamento mais abusivo de todos os tempos: eu e o cigarro. Já havia decidido de data marcada o dia em que me livraria dele de vez. Dia dois de janeiro de 2019. Foram tantos 7 minutos que sobraram (o tempo que eu gastava pra fumar um cigarro), que formaram horas. O fato de tudo isso, é que romantizei por muito tempo essa relação. O costume é nocivo demais quando confundido com amor, com bem-estar. Ele te impede de enxergar quando tem algo errado acontecendo. E de fato, eu me acostumei com as tragadas, me acostumei a tê-lo como companhia quando queria ficar sozinha, mas nem tanto. Pense nele como hoje eu consigo pensar: um marido que no começo é muito amoroso, bonzinho, confortável, acalentador, mas começa a te agredir devagar até destruir sua vida por completo. Hoje eu sou bem mais feliz. Amo os olhares de surpresa quando digo que foi decisão e não medicação. Tudo que é decidido com firmeza é mais duradouro… e olha, antes que você me traga danos irreparáveis, consegui te tirar da minha vida. Cada escolha, uma renuncia. Eu escolhi viver".