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Hagamenon Brito
Publicado em 27 de maio de 2019 às 05:00
- Atualizado há um ano
O que Jimi Hendrix, Janis Joplin, Kurt Cobain, Amy Winehouse e Robert Johnson têm em comum? Eles são membros do lendário e trágico Clube dos 27, um grupo de músicos prodigiosamente talentosos que viveram intensamente e cujos vícios e demônios os levaram à trágica morte aos 27 anos de idade. Maior lenda do blues, o cantor e guitarrista americano Robert Johnson é tema do ótimo documentário O Diabo na Encruzilhada, da Netflix (Foto/Divulgação) Se você ama a cultura pop, há uma grande chance de você estar familiarizado com todos, exceto um dos músicos acima: Robert Johnson. O bluesman americano foi o membro fundador do Clube dos 27, um homem tão talentoso com uma guitarra que levou muita gente a especular que ele deve ter vendido a alma ao diabo para ganhar sua habilidade. O pacto teria sido feito numa encruzilhada.
O Diabo na Encruzilhada é mais uma pérola da série ReMastered, da Netflix, que conta histórias notáveis sobre músicos e os coloca no contexto histórico. Com 48 minutos de duração, o ótimo documentário narra a história de Robert Johnson, um dos pioneiros do blues e cuja vida é pouco conhecida até hoje.
O documentário explora o seu passado, como ele se tornou uma figura tão importante na história do blues, com composições como Cross Road Blues, Me and the Devil Blues e Come On In My Kitchen, e como a superstição o seguiu e lançou uma sombra sobre sua vida muito curta.
Dirigido por Brian Oakes, o documentário apresenta depoimentos - incluindo parentes do artista - sobre uma trilha sonora de blues e nos dá insights sobre o mundo na época da música de Johnson. Era o Mississippi dos anos 1920 e 1930, uma época e um lugar onde não era fácil ser negro, quanto mais um músico negro tocando “a música do diabo”, como diziam os pastores batistas em seus cultos. O túmulo de Robert Johnson, no Mississippi: ele teria sido envenenado por um marido ciumento, em 1938 (Foto/Divulgação Sem filmagens de arquivo para mostrar (não existe nenhuma ), a narrativa recebe um bom impulso de um excelente trabalho de animação que dá vida à história sem nos distrair. A história em si é muito boa e, em todo o caso, tem seus próprios méritos.
Nos é oferecida uma boa compreensão da contribuição de Johnson ao mundo da música e por que o seu legado é tão importante, tendo influenciado gigantes como Bob Dylan e Eric Clapton. Keith Richards aparece falando da importância do bluesman em sua formação.
É importante conhecer algumas das circunstâncias socioeconômicas da época e como isso levou a sentimentos tão fortes de superstição e mistério. Aliás, a causa da morte de Robert Johnson, em 16 de agosto de 1938, nunca foi totalmente esclarecida. O documentário investe na versão mais provável: a de que ele foi vítima de envenenamento em um bar, após ter flertado com a esposa do dono do estabelecimento.
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OUTROS 5 GRANDES ARTISTAS DO TRÁGICO CLUBE DOS 27 * Jimi Hendrix morreu asfixiado pelo próprio vômito em um quarto de hotel, em Londres, em 18/9/1970. Na época, ele consumia bebidas e drogas intensamente. * Kurt Cobain se matou com um tiro na cabeça no dia 5 de abril de 1994, em sua casa, em Seattle, EUA. O líder do Nirvana foi o último músico revolucionário do rock’n’roll. *Janis Joplin teve uma overdose de heroína e faleceu em Los Angeles, na Califórnia, no dia 4 de outubro de 1970. Foi a maior cantora de blues e de rock dos anos 1960. * Jim Morrison morreu na banheira de seu apartamento, em Paris, no dia 3 de julho de 1971. O carismático líder da banda The Doors sofreu um ataque cardíaco. * Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa, em Londres, em 23/7/2011. Ela tinha um longo histórico com drogas, bebidas e tentativas de reabilitação.
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Veja o trailer do documentário O Diabo na Encruzilhada: A História de Robert Johnson
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Primeira história do universo expandido de STRANGER THINGS Stranger Things: Raízes do Mal (Intrínseca | 304 págs. | R$ 49,90), de Gwenda Bond, explora o passado de dois dos personagens mais enigmáticos da premiada série da Netflix: Terry Ives, a mãe de Eleven, e o dr. Martin Brenner, o homem que separou as duas. O livro expande o universo da série cuja terceira temporada estreia dia 4 de julho.
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O terceiro volume de BLACK HAMMER Criada por Jeff Lemire e Dean Ormston e eleita a Melhor Série Original de 2017 pelo Eisner Awards, Black Hammer é uma HQ muito bem-sucedida. A história dos cinco heróis decadentes que se veem presos em uma cidade fora dos limites do tempo conquistou muitos fãs no Brasil e no mundo. Em Era da Destruição - Parte I (Intrínseca | 136 págs.| R$ 44,90), o 3º volume da série, grandes segredos vêm à tona.