Salvador intensifica batalha contra o mosquito da dengue

Número de focos do mosquito aumentou

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  • Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2018 às 14:48

- Atualizado há um ano

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O combate ao Aedes aegypti será intensificado nesta semana. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) atuará em espaços como escolas estaduais e municipais, unidades de saúde e Prefeituras-Bairro para identificar possíveis focos do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya, além de prestar orientações sobre o combate ao problema.

A atuação dos agentes de endemias será em órgãos públicos localizados em cinco distritos sanitários: Subúrbio, São Caetano/Valéria, Liberdade, Barra/Rio Vermelho e Itapuã. Praças e logradouros públicos da capital também serão contemplados pela estratégia.

“Em caso de detecção dos focos, será realizada a aplicação de inseticida para eliminar os criadouros do vetor. As ações, que seguem até a próxima sexta-feira (15), estão acontecendo estrategicamente em localidades onde apresentaram altos índices de infestação predial”, explica a gerente das arboviroses do CCZ, Isolina Miguez.

Em maio, a prefeitura realizou cinco mutirões de limpeza nos bairros prioritários, em parceria com a Limpurb. Durante a intensificação, mais de mil imóveis foram visitados e 38 toneladas de lixo e materiais inservíveis foram removidas das localidades. “Intensificamos as visitas casa a casa, além de trabalho de manejo ambiental e de limpeza”, ressalta a gerente das arboviroses.

O último Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 9 e 13 de abril, apontou que o Índice de Infestação Predial (IIP) em Salvador passou de 1,8% (janeiro/2018) para 2,7%, ou seja, para cada 100 imóveis visitados, aproximadamente três tinham focos do mosquito. Número de casos de dengue reduziu 56% em Salvador, mas o número de imóveis com foco do mosquito aumentou (Imagem: Divulgação/PMS) O estudo revela ainda que passou de 10 para 14 o número de áreas com alto risco para epidemia das doenças transmitidas pelo mosquito na cidade. O bairro de Fazenda Coutos apresenta o maior índice, 10,1%, enquanto Brotas possui índice de infestação 0,7. O índice máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 1%, o que significa que Brotas não corre risco de uma epidemia da doença. 

Doenças Apesar do aumento da infestação, Salvador tem apresentado queda no número de casos confirmados de dengue, zika vírus e chikungunya.

De acordo com a prefeitura, os dados refletem a eficácia das estratégias aplicadas pelo município no controle da infestação pelo mosquito Aedes aegypti – que também é responsável pela transmissão do vírus da febre amarela, embora até agora só haja registros em micos e macacos – nos 12 distritos sanitários da capital baiana.

Entre janeiro e abril deste ano, 143 casos de dengue foram confirmados, contra os 327 do ano passado, uma redução de 56%. Em relação a zika, o registro foi cinco vezes menor, com cinco infectados até abril, contra 35 no ano anterior. Já o número de pacientes com chikugunya chegou a 13 este ano, 41% a menos em relação ao primeiro quadrimestre de 2017, quando 22 pessoas tiveram diagnóstico positivo.