Salvador tem redução no índice de infestação do mosquito Aedes aegypti

SMS aponta que número ainda é elevado; 14 bairros apresentam alto risco de epidemia

  • Foto do(a) author(a) Yasmin Garrido
  • Yasmin Garrido

Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 14:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Evandro Veiga/ARQUIVO CORREIO

Salvador começou 2019 com uma boa notícia: o Índice de Infestação Predial (IIP) para arboviroses teve queda, saindo de 2,1%, em outubro do ano passado, para 1,9%. Os dados são do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 2 e 7 de janeiro na capital baiana e divulgados nesta segunda-feira (4).

O momento é de preocupação na Bahia, que registrou um aumento de 94,1% nos casos de dengue só nos primeiros dias de 2019. De 1º a 18 de janeiro, foram notificados 400 casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, em 55 municípios baianos – 196 a mais do que o mesmo período no ano passado. Salvador registrava 45 casos no período, atrás de Feira de Santana (108).

O LIRAa mostrou que 28 localidades do município possuem índice de infestação do mosquito abaixo de 1%. No entanto, outros 14 bairros têm indicadores que oferecem alto risco de epidemia das arboviroses (maior ou igual a 4%). Coutos e Vista Alegre, ambos no Subúrbio Ferroviário, são os bairros que possuem os níveis mais altos de infestação.

De acordo com o levantamento, quando o IIP for menor ou igual a 0,9%, é considerado baixo; entre 1% e 3,9% o nível de risco é médio (é o caso de Salvador); e, se for maior ou igual a 4%, a situação já é de alto risco.

Faxina O resultado positivo do estudo é atribuído, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a uma série de intervenções, mobilização e conscientização junto à população, por meio de campanhas e ações educativas.

Outra coisa que ajudou na redução do IIP foi a intensificação das atividades do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) casa à casa, atuando, também, na abertura de imóveis abandonados e com inúmeros mutirões de limpeza, tendo a ajuda da Superintendência de Obras Públicas (Sucop) e da Limpurb.

“Mesmo com a redução, o índice ainda está acima do ideal e, por isso, o alerta continua”, afirmou a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, Andrea Salvador. Ela ainda destacou que o trabalho do CCZ vai permanecer intenso em toda a cidade para o enfrentamento do mosquito Aedes aegypti.

O órgão segue até março com o Plano Verão, período em que o vetor encontra maior facilidade para se reproduzir. “Até lá, o trabalho das equipes vai se concentrar nos circuitos de festas e agora, após o levantamento, nos bairros prioritários”, afirmou.

Cinco registros de dengue por dia

Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que, de janeiro a dezembro de 2018, a capital baiana notificou 1.705 casos de dengue (5 casos por dia), 126 de chikungunya e 114 relacionado ao zika vírus. Já no mesmo período de 2017, os números corresponderam a 2.813 para dengue, 322 chikungunya e 349 foi o total de notificações para o zika vírus.

Isso quer dizer que, no comparativo dos anos, para a dengue, houve queda de 39,4%; para a chikungunya a variação foi -60,9%; e, por fim, os casos de zika vírus tiveram redução de 58,7%.

Já em 2019, entre os dias 1º e 23 de janeiro, foram notificados pelo Sinan 84 casos de dengue, 13 casos de chikungunya e 2 casos de zika, sendo confirmados dois casos de dengue, um caso de chikungunya e nenhum de zika.

Dicas para manter o mosquito afastadoDeixe tudo tampado (ventos tiram as tampas das caixas d'águas do lugar) Lembre-se de colocar areia nos vasos Verifique o quintal e tenha atenção com o lixo Retire a água dos pneus velhos Deixe latas e garrafas bem guardadas Cuide das piscinas e caixas d’águas Utilize telas de proteção Coloque desinfetante nos ralos Atenção com potes de água dos animais e aquários Use repelentes e inseticidas *Com supervisão da editora Mariana Rios