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Camisa 1 fez grandes defesas e foi destaque do clássico na Fonte Nova
Vitor Villar
Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 12:57
- Atualizado há um ano
Os Ba-Vis têm um poder inigualável de determinar para sempre a história de um jogador. O cara pode até ser um craque, mas se falhar no clássico, vai ficar marcado para sempre. E o cidadão pode até ser um reserva sem muito brilho, mas se entrar em campo e marcar o gol do título, será para sempre lembrado.
Até domingo (3), a carreira do goleiro Ronaldo, de 22 anos, vinha marcada por um Ba-Vi. No returno da Série A 2018, o goleiro do Vitória saiu mal do gol e acabou dando a bola de graça para o Bahia empatar no Barradão – e aquele clássico acabaria mesmo em 2x2.
Só que Ronaldo pôs um novo capítulo de Ba-Vi em sua ainda curta carreira como profissional. Com pelo menos quatro defesas difíceis, ele fez o principal papel para que o Leão empatasse o clássico na Fonte Nova em 1x1.
Duas das defesas heroicas aconteceram no mesmo lance. Aos 5 minutos, Ronaldo pegou cabeçada à queima-roupa de Moisés e salvou de novo no rebote. Depois, ainda pegou um chute forte de Rogério do meio da rua.
Mas a defesa escolhida por ele como a mais difícil foi outra: “Acho que foi a do chute de Artur, no segundo tempo. A bola veio balançando bastante e eu acabei desviando e foi no travessão. Foi difícil pela velocidade da bola. A gente estuda os atacantes e assim que ele conseguiu driblar me posicionei, pois sabia que viria um chute”, disse o goleiro rubro-negro após o jogo.
A atuação rendeu até elogios de Gilberto, autor de um golaço de bicicleta a favor do Bahia: “A gente tentou finalizar com mais precisão, mas o goleiro deles estava num dia inspirado, está de parabéns”.
Ronaldo não esquece o Ba-Vi anterior, mas comemorou a volta por cima. “Aquele foi um jogo atípico do que vinha fazendo no Brasileiro. Era meu primeiro ano como profissional, jogando uma Série A com dificuldades. Foi uma atuação abaixo do que vinha fazendo, mas isso não me desanimou. Segui trabalhando para dar conta quando voltasse a ter chance”, analisou.
“Eu acho que tenho cumprido a cada dia esse objetivo, não dá para falar que é só por conta de um Ba-Vi que a gente vai se firmar no time. Mas o clássico é um campeonato à parte, mexe com a torcida como nenhum jogo e foi muito bom ter ido bem hoje (ontem)”, finalizou.