Taxa de desemprego se mantém estável na Região Metropolitana de Salvador

Houve estabilidade também das taxas de desemprego aberto e oculto

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  • Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 16:13

- Atualizado há um ano

Foi divulgado hoje (19), o resultado da Pesquisa de Emprego e Desemprego realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Os número não são animadores, eles mostram que a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador permaneceu estável, ao passar de 23,7% para 23,8% da População Economicamente Ativa (PEA), entre outubro e novembro de 2017. 

Segundo a mesma pesquisa, se mantiveram estáveis também as taxas de desemprego aberto e oculto, que passaram, respectivamente, de 16,7% para 16,8% e de 6,9% para 7,0%. A Pesquisa de Emprego e Desemprego é fruto do trabalho coletivo entre a SEI, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado da Bahia (Setre), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.

O número de desempregados foi estimado em 464 mil pessoas, o que representa um crescimento em mais 6 mil, em relação ao mês passado. Isso pode ser atribuído a elevação da PEA (0,7%, ou o ingresso de 14 mil pessoas na força de trabalho da região) em número pouco superior ao acréscimo do nível de ocupação (0,5%, ou geração de 8 mil postos de trabalho). A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – aumentou de 57,2%, em outubro, para 57,5%, em novembro.

No mês de novembro, a taxa de ocupados cresceu em 0,5%, o valor é estimado em 1.484 mil pessoas. Segundo os setores de atividade econômica analisados na pesquisa, houve ainda acréscimo na Indústria de transformação (0,9% ou 1 mil), no Comércio e reparação de veículos (0,7% ou 2 mil) e nos Serviços (0,5% ou 5 mil), enquanto declinou o contingente na Construção (-2,5% ou -3 mil).

Segundo posição na ocupação, o contingente de trabalhadores assalariados elevou-se (0,6% ou 6 mil), devido ao aumento no setor público (4,5% ou 6 mil), já que o setor privado permaneceu estável. No setor privado, houve retração no número de empregados com carteira de trabalho assinada (-0,7% ou -5 mil) e aumento no daqueles sem registro em carteira (5,6% ou 5 mil). 

Houve, ainda, aumento no número de empregados domésticos em mais 3,6%, o que equivale a 4 mil. Quanto aos trabalhadores autônomos o crescimento foi de 1,2% ou 4 mil. Enquanto diminuiu o contingente no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares, donos de negócio familiar, etc. (-6,3% ou -6 mil).

Entre setembro e outubro de 2017, diminuiu o rendimento médio real dos ocupados em -3,5% e dos assalariados em -1,6%. Em valores monetários, passaram a equivaler a R$ 1.434 e R$ 1.518, respectivamente.

A massa de rendimentos reais caiu em -3,2% entre os ocupados e -3,4% entre os assalariados. No caso dos ocupados, a baixa pode ser explicada pelo decréscimo do rendimento médio real, já que o nível de ocupação cresceu um pouco. Entre os assalariados, o ocorrido foi devido às reduções equivalentes do emprego e do salário médio real.  Balanço anual Entre os meses de novembro de 2016 e de 2017, a taxa de desemprego total na RMS diminuiu, ao passar de 25,1% para 23,8% da PEA. isso acontece por cauda das reduções das taxas de desemprego aberto de 17,6% para 16,8% e oculto de 7,5% para 7,0%.

O contingente de desempregados diminuiu em 24 mil pessoas. O desempenho é devido ao aumento do nível de ocupação em 1,9% ou mais 28 mil postos de trabalho. Com a População Economicamente Ativa − PEA relativamente estável (0,2% ou mais 4 mil pessoas na força de trabalho da região). A taxa de participação diminuiu de 58,5% para 57,5%.

Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou 1,9%, ao passar de 1.456 mil para 1.484 mil pessoas. Setorialmente, houve acréscimo no contingente ocupado em todos os setores: na Indústria de transformação (3,7% ou 4 mil), no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (3,6% ou 10 mil), nos Serviços (1,7% ou 16 mil) e, em menor intensidade, na Construção (0,9% ou 1 mil).

Segundo posição na ocupação, nos últimos 12 meses, diminuiu o emprego assalariado (-4,8% ou -47 mil), devido ao decréscimo no setor privado (-6,3% ou -54 mil), já que no setor público houve crescimento (6,1% ou 8 mil). No setor privado, reduziu-se o número de assalariados com carteira assinada (-6,1% ou -46 mil) e sem carteira (-7,8% ou -8 mil). Houve aumento no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (29,0% ou 20 mil) e no contingente de trabalhadores autônomos (21,6% ou 61 mil) e retraiu-se o número de empregados domésticos (-4,9% ou -6 mil).

Entre outubro de 2016 e 2017, o rendimento médio real oscilou positivamente para os ocupados (0,3%) e os assalariados (0,6%). Nesse período, houve aumento na massa de rendimentos reais dos ocupados (1,9%) e redução na dos assalariados (-6,0%). No caso dos ocupados, o resultado deveu-se ao acréscimo no nível de ocupação, já que o rendimento médio real pouco variou. Em relação aos assalariados, o resultado decorreu da retração no nível de emprego, uma vez que o salário médio real variou positivamente.