TJ-BA garante estabilidade a professora grávida que tem contrato Reda na Bahia

Contrato de trabalho terminaria em outubro, durante gravidez da professora

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  • Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2017 às 19:29

- Atualizado há um ano

Uma professora que trabalha em regime de Reda na rede estadual de Teixeira de Freitas, no sul da Bahia, ganhou direito de continuar empregada mesmo após o fim do contrato por conta de uma gravidez. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) concedeu uma liminar atendendo a mandado de segurança preventivo impetrado pela Defensoria Pública em nome da professora Fernanda Souza Oliveira Saúde.

Segundo a Defensoria, Fernanda trabalha no Colégio Estadual Henrique Brito, com contrato para terminar em 16 de outubro de 2017, o que faria com que ela fosse demitida durante a gravidez. A Defensoria resolveu então impetrar mandado para que o Estado se abstenha de terminar o vínculo com a professora e garante a estabilidade prevista em Constituição e a licença maternidade, período de 180 dias que as mães podem ficar em casa com o filho recebendo o salário.

Para o defensor Luiz Carlos Assis, mãe e criança teriam prejuízo grande por conta da possível ruptura de contrato. "Para evitar que esse prejuízo ocorresse com a assistida, atuei preventivamente assegurando tranquilidade. Ela agora está garantida contra a ruptura do vínculo em função da estabilidade constitucional e do direito à licença maternidade", afirma, em nota.

Na decisão do TJ, o desembargador Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro argumenta que "toda e qualquer trabalhadora gestante" deve ter o direito respeitado, não apenas as que trabalham em regime de CLT, "independentemente do regime jurídico a ela aplicável e da precariedade do vínculo mantido com a administração pública, desde a confirmação do estado gravídico até cinco meses após o parto".